Área Tiago dos Santos resiste e covarde despejo é suspenso!

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Uma liminar emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), assinada pela ministra Cármen Lúcia na tarde de 21 de outubro determinou a suspensão do despejo de milhares de camponeses da Área Tiago Campin dos Santos, localizada em Nova Mutum Paraná em Rondônia e também a imediata retirada das tropas policiais.

A expulsão das mais de 800 famílias estava sendo levada a cabo por cerca de 3 mil policiais desde o dia 10/10, impasse longe de acabar uma vez que os camponeses já haviam afirmado que lutariam pela terra e realizado diversas ações de resistência como queima de pontes e barricadas na estrada.

Nestes últimos dias da Operação “Nova Mutum” que supostamente cumpriria a ordem de despejo, uma série de ataques, agressões e ilegalidades foram perpetradas pela Força Nacional de Segurança Pública de Bolsonaro e as mais diversas unidades militares pertencentes à Polícia Militar de Rondônia (PM-RO) de Marcos Rocha, de acordo com inúmeras denúncias o que de fato se preparava era um massacre contra os camponeses organizados pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP).

Um covarde cerco impediu que as famílias tivessem acesso a comida, moradores da região e até mesmo um vereador relataram truculência policial. No dia 19/10, as tropas invadiram os lotes dos camponeses durante a noite exigindo que eles saíssem, sem a presença de um Oficial de Justiça. Todavia, as famílias seguiram em mobilização e mesmo a parte dos camponeses que foram concretamente expulsos durante a ação ilegal, não se intimidaram e realizaram assembleia no local para denunciar as atrocidades promovidas pelas tropas e organizar a vida das massas ali reunidas exigindo acesso a mantimentos e assistência médica.

DESRESPEITANDO DETERMINAÇÃO, TROPAS SEGUEM COM CERCO ILEGAL 

A Associação Brasileira de Advogados do Povo (Abrapo) junto a diversas entidades repudiam e denunciam a continuação da operação guerra contra os camponeses mesmo diante da determinação do STF de suspensão do despejo e retirada do contingente policial.

As organizações convocam os apoiadores da luta pela terra a exigirem o fim da operação “arbritária, truculenta e ilegal” denunciando através dos meios elencados ao final da matéria.

Em uma nota emitida pela Assembleia Popular (AP) das Áreas Tiago Campin dos Santos e Ademar Ferreira, ainda no dia 02/10, as famílias já afirmavam: “Deixamos claro, mais uma vez, que não sairemos daqui, essas terras são do povo e lutaremos por elas”.

Links para denunciar:

Tribunal de Justiça/RO: [email protected][email protected]
Polícia militar/RO: pmro.cecoms@gmail
Ministério Público/RO: [email protected]
Procurador Geral/RO: [email protected]
OAB/Rondônia: [email protected]