Adolescente desaparecida é achada morta e enterrada em cova rasa

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Uma adolescente identificada como Laryssa Victória, de 17 anos, foi encontrada morta e enterrada em uma cova dois dias após ficar desaparecida em Ouro Preto do Oeste (RO), a 330 quilômetros de Porto Velho. O corpo da menina estava no quintal da casa de Ronaldo dos Santos Lira, que é assistente social na cidade. Ele foi preso em flagrante.

A reportagem, o delegado Niki Locatelli, que atendeu a ocorrência, contou que a adolescente estava desaparecida desde sexta-feira (18), após ter saído com amigas.

“O pai da jovem nos relatou que ela havia ido com algumas amigas até uma conveniência na noite da última sexta-feira, mas que ela não retornou para casa. Ele mesmo fez buscas por conta própria, durante o sábado (19), mas ao anoitecer procurou a polícia, pois não teve notícias”, conta Locatelli.

Diante da denúncia do desaparecimento feita pelo pai, a polícia recebeu a informação de que Laryssa teria sido vista pela última vez na companhia do suspeito, identificado como Ronaldo Santos.

A partir daí, a Polícia Civil iniciou as buscas pela jovem e ouviu algumas testemunhas que estavam na conveniência do posto de combustível.

O delegado também teve acesso a imagens de câmera de segurança, onde mostram a jovem sendo puxada à força pelo suspeito.

“Na imagem da câmera de segurança foi possível constar que, por volta das 4h de sábado (19) eles foram vistos juntos e depois entraram na casa dele”, comenta o delegado.

Ao redor da casa do suspeito não há muros. Os investigadores, em visita ao local na noite de domingo (20), notaram que parte da terra do quintal estava mexida e do lado de fora da casa havia um colchão queimado.

“Essa terra fofa, mexida recentemente, chamou a atenção dos investigadores, onde suspeitaram que no local poderia estar o corpo da adolescente. Diante dessa suspeita, dei a ordem para entrar e escavar a terra mexida. A gente localizou o corpo ali”, relatou o delegado.

Diante da confirmação da morte e ocultação do corpo de Laryssa, os policiais foram até a casa da mãe de Ronaldo, onde ele estava.

O assistente social recebeu voz de prisão em flagrante por crime de homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver.

Segundo o delegado Niki Locatelli, o suspeito tentou “apagar” os vestígios do crime após enterrar o corpo da menina.

“Ele lavou a cena do crime e queimou alguns objetos. Ele tentou despistar, mas não teve sucesso. No momento da prisão em flagrante, ele usou o seu direito constitucional de ficar em silêncio“.

Investigação

 

O delegado descarta qualquer envolvimento amoroso entre a vítima e o suspeito preso. “Ele conhecia a mãe dela”, afirma o delegado.

A suspeita é que Ronaldo matou a vítima usando um objeto perfurocortante. Isso porque no pescoço de Laryssa haviam lesões, mas apenas um laudo vai confirmar qual objeto foi usado.

A causa da morte só será apontada após o resultado do exame da perícia, que também mostrará se Laryssa foi estuprada e, anteriormente, dopada.

A reportagem tenta localizar a defesa do suspeito.

Fonte: g1