Absolvição de Cunha na segunda, 12, repercutirá nas eleições municipais

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Mariana tem mantida a incoerência nas votações
Voto de Mariana Carvalho a favor de Cunha prejudicará Hildon Chaves
Voto de Mariana Carvalho a favor de Cunha prejudicará Hildon Chaves

Em pleno período eleitoral, salvar Eduardo Cunha (PMDB) poderá ser um tiro no pé dos candidatos a prefeitos nos municípios. Por exemplo, Pedro Paulo (PMDB-RJ), é candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Ele deverá estar presente na Câmara dos deputados na segunda-feira, 12, para votar. Se faltar, sua ausência será levada às campanhas dos adversários. Se votar contra, idem.

Em Rondônia, nenhum candidato a prefeito é deputado federal, mas, tem apoio de parlamentares que deverão votar contra ou a favor de Cunha. Os deputados federais, Lindomar Garçom (PRB), Marcos Rogério (DEM), Lúcio Mosquini (PMDB) e  Marinha Raupp (PMDB)  apoiam Williames Pimentel (PMDB). Mariana Carvalho (PSDB), apoia Hildon Chaves; Luiz Cláudio(PR), apoia Ribamar Araújo (PR). E, Léo Moraes (PTB),  é apoiado pelos partidos que votaram pelo impeachment, PSC, PRP, PP, PMN e PROS. Neste raciocínio, apenas Roberto Sobrinho (PT) será beneficiado com cassação ou não do mandato de Eduardo Cunha.

Pelo menos dez partidos na Câmara dos Deputados afirmaram que suas bancadas comparecerão a Brasília e votarão em peso a favor da cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), às 19h de segunda-feira (12).

Ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo, líderes de PT, PSDB, PSB, DEM, PRB, PDT, PC do B, PPS, PSOL e Rede disseram, em linhas gerais, que serão mínimas em suas bancadas as ausências ou votos para inocentar o ex-presidente da Câmara ou aplicar uma punição mais branda a ele. Essas dez legendas somam 238 deputados, 19 a menos do que o mínimo necessário de 257 votos para que o mandato de Cunha seja cassado.

Mas a tendência é a de haver um aporte não desprezível de votos pró-cassação também no PMDB – a maior legenda da Casa, com 66 cadeiras – e nos partidos do chamado “centrão” (PP, PR, PTB e PSD, entre outros), sempre mais alinhados com o deputado peemedebista.

Desse grupo, os líderes do PMDB, PR e PTB não deram garantia de presença expressiva de suas bancadas. “Tenho uns 800 mil comícios marcados para a segunda, mas vou tentar ir”, diz Jovair Arantes (PTB-GO), aliado de Cunha.

A votação é aberta e tem potencial de repercutir nas eleições municipais de outubro, pleito em que os congressistas permanecem completamente envolvidos, seja em candidaturas próprias ou apoiando aliados. O temor de deputados de declararem apoio a Cunha é evidente hoje na Câmara.

Estratégias

Cunha e seus aliados, porém, demonstram não ter desistido de evitar a cassação. Além de cartas e ligações para congressistas, Cunha estimulou aliados a tentar esvaziar a sessão da segunda-feira com o objetivo de evitar a obtenção dos 257 contrários ou adiá-la para depois da eleição municipal.

Mais RO com Folhapress