A morte de Flodoaldo Pontes Pinto Filho

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Flodoaldo e a esposa Dine

Eram 21 h deste domingo quando Zora Motta me liga chorando. “Nosso irmão Flodoaldo morreu”. Mas, no momento em que vi a ligação de Zora, eu logo pensei: “Flodoaldo morreu”.  Porque na parte da tarde de ontem a amiga Maria Eugênia, que me mantinha informado sobre o estado de saúde dele, mandou uma mensagem pelo Whatsapp dizendo que Flodoaldo tinha voltado para a UTI.

Morreu o esposo da Dine que também contraiu a Covid-19, mas se restabeleceu. Morreu o pai de Maria Lídia, Rebeca e Thiago, além da Hind Lakdahi. Morreu o irmão de Maria Lidia, Ari, Ana Rosa Marcinha e Zé Orlando. Os irmãos de Flodoaldo, Gera e João foram há dois anos à Casa do Pai Celestial.

Flodoaldo Pontes Pinto Filho, 71, morreu de complicações da Covid-19. Estava há um mês lutando contra a doença. A esposa Dine, que também contraiu a doença, porém, conseguiu se salvar.

Flodoaldo deixa um legado e uma legião de amigos inconformada com a partida do amigo. O advogado e amigo Júlio Yriarte postou:

“Estou na Bolívia e recebi a trágica noticia e até agora estou desconcertado, passado, não acreditando que o compadre partiu. Flodoaldo meu primeiro leal e fiel amigo em Porto Velho; Amigo há mais de 40 anos; Amigo de todas as horas e de todas as aventuras. São grandes meus sentimentos de perda. Eu tenho muito, mas muito apreço por ele e toda sua família. Em meu nome, da minha mulher, meus filhos e em nome de toda a Família Yriarte consigno as sinceras condolências à esposa Dine, às filhas Maria Lídia e Rebeca, ao filho Thiago, aos seus irmãos, Maria Lidia, Ari, Ana Rosa Marcinha, Orlando, demais familiares e a todos seus amigos, que como eu lhe tinham muito apreço e carinho e sei que sentirão, sentiremos enormemente sua ausência. Voa Flodoaldo, voa compadre guerreiro e descansa em paz para a eternidade”.

Zora Motta que me ligou avisando da morte, postou:

“Nosso Flodô, meu Cumpadinho, partiu! A Convid acabou de levar meu grande amigo, um amigo que desde sempre, foi um segundo irmão mais velho, um segundo pai, que me cuidava, me amava, me protegia, me ensinava. Sabia que podia contar com ele pra tudo, a qualquer hora e dia, mesmo distante. Nossas famílias eram uma só, a dele com 9 filhos, a minha com 8.nNossas famílias, nossas vidas se fundiram no amor. Meus Deus, que dor. Nosso Flodô partiu, ficamos partidos no coração e na alma. #FlodoaldoPontesPintoPresente Sempre!”.

O futuro presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alex Redano (Republicanos), postou:

“Recebi com pesar e consternação a notícia do falecimento do empresário Flodoaldo Pontes Pinto Filho, aos 71 anos, de complicações decorrentes da covid-19. Flodoaldo estava internado há aproximadamente 30 dias em um hospital particular da capital.
“Flodoaldinho”, como era chamado, pertencia a família tradicional de Porto Velho e contraiu o vírus juntamente com sua esposa que se recuperou da doença.
Flodoaldo era geólogo, e primeiro filho do saudoso Flodoaldo Pontes Pinto, seringalista e bem sucedido empresário na extração de minério (cassiterita) e, também, proprietário da antiga Mineração Massangana, ex-proprietário da empresa Águas Caiari.
Aos familiares e amigos trago meus mais sinceros votos de pesar e consternação, pedindo a Deus que possa consolar seus corações neste momento de dor e de tristeza”.

A imagem pode conter: 1 pessoaEu, RK,  conheci Flodoaldo há quatro décadas, quando frequentava o nosso restaurante “Barrikas”, nas Pedrinhas, em Porto Velho. Mas, foi ao longo dos anos 80 que conheci toda a família Pontes Pinto, tornando amigo de todos. Meu irmão Armando o conheceu antes, no garimpo de cassiterita, Flodoaldo o chamava de “Peru”, pelos traços incas que meu irmão possui. Já meus irmãos Chiquinho e Moraes o conhecia das noitadas, principalmente no saudoso Bangalô. Flodoaldo chamava meu irmão Chiquinho de “Discreto”. Lá no Rio de Janeiro, num dos reveillons que passei com a família Pontes Pinto, Flodoaldo me contou porque “Discreto”. Já a mim, Roberto Kuppê que assino este artigo póstumo, Flodoaldo chamava de “Lindeza” não sei porque (risos).

Flodoaldo teve dois irmãos que morreram num espaço de dois anos. João Batista, em 2018 e Geraldo César, em fevereiro de 2019.

Flodoaldo era um bom pai, e um grande amigo de todos, sem preconceitos. Generoso e bon vivant, viveu intensamente seus 71 anos. Por ter vivido intensamente, deixa uma legião de amigos órfãos, saudosos de sua alegria e satisfação em viver. Infelizmente, Flodoaldo passou a fazer parte das quase 210 mil brasileiros mortos até o momento pela Covid-19. E será enterrado hoje, no dia em que começa em todo o Brasil a vacinação contra essa terrível doença.

Descanse em paz Barão!

Por Roberto Kuppê

P.S. Barão era o apelido de Flodoaldo entre a família e amigos íntimos. O velório do corpo de  Flodoaldo será no cemitério Recanto da Paz em frente à UNIR, das 10 horas às 11h30.