“A boiada não vai passar mais”, diz Lula durante encontro com povos originários em Belém

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“É mais saudável e rentável manter a floresta em pé do que derrubar árvores para plantar soja, milho ou criar gado”, disse o ex-presidente

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante encontro com representantes dos povos originários realizado nesta sexta-feira (2) em Belém (PA), que a defesa da Amazônia está entre as prioridades do seu plano de governo, caso vença a eleição presidencial. “Quero dizer que a boiada não vai passar mais. Temos que criar consciência na sociedade brasileira de que é mais saudável e rentável manter a floresta em pé do que derrubar árvores para plantar soja, milho, ou criar gado”, disse. “As pessoas precisam se preparar porque vamos criar o Ministério dos Povos Originários”, completou mais à frente.

Lula declarou, ainda, que os povos originários e tradicionais “terão representação oficial para não precisarem ser tratados como crianças mimadas que não sabem o que querem”. A afirmação faz referência ao tratamento dispensado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para estes segmentos sociais.

“O presidente da Funai não precisa ser branco igual a mim, pode ser um indígena ou uma indígena”, ressaltou Lula. “Precisamos evitar que aqueles que agem com irresponsabilidade, que fazem discurso de que é preciso desmatar, fazer queimada… Esta gente não é responsável”, destacou, enaltecendo quem “trabalha dignamente para produzir, vender e para ganhar a vida no nosso país”.

“Quero assumir o compromisso de que a partir de janeiro as coisas vão mudar. Queremos fazer um programa de governo que represente a síntese daquilo que é a necessidade do povo brasileiro, envolvendo todos os povos da floresta porque vocês conhecem como ninguém o mundo em que vivem”, afirmou. O petista também prometeu recriar o Ministério da Pesca, pasta atualmente subordinada ao Ministério da Agricultura.
Brasil 247