Coluna do RK- Bastidores da Política Nacional e Regional

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Por Roberto Kuppê (*)

Bebianno teme morrer

Bebianno (Cristiano Mariz/VEJA)

Deu na coluna Radar, de Veja: A paz está selada, mas Gustavo Bebianno é um homem prevenido. Com medo das ameaças que recebeu, ele escreveu cartas para duas pessoas com os nomes de quem estaria interessado em lhe causar algum mal. “Se algo acontecer comigo, abram”. Não é para menos. O governo Bolsonaro está cheio de milicianos.

                                     Energisa, eu avisei

Há exatos um ano, protestos contra a privatização da Ceron e contra a reforma da Previdência tomaram conta de Rondônia. De nada adiantou, a Ceron foi privatizada e hoje todos correm atrás do prejuízo em Brasília. E agora, a Previdência está na ordem do dia. Quando fizeram  a reforma Trabalhista, disseram que ia gerar empregos. Não gerou. Disseram que, com a privatização da Ceron, a tarifa ia cair. Não caiu e aumentou 27%. E agora, prometem gerar empregos com a reforma da Previdência? Dá para acreditar? O impressionante é que só o pessoal da esquerda se manifesta contra os abusos do governo federal.

Laerte em Brasília

O presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB-RO), esteve em Brasília, liderando uma comitiva de deputados que foi tentar reverter o aumento da tarifa de energia elétrica.  Acompanharam o chefe do legislativo os deputados estaduais Jhony Paixão (PRB), Jean Oliveira (MDB), Marcelo Cruz (PTB), Dr. Neidson (PMN), Chiquinho da Emater (PSB), Ismael Crispin (PSB) e Anderson Pereira (Pros). Laerte levou um duro recado ao ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, exigindo o fim do reajuste abusivo das tarifas de energia em Rondônia, autorizado pela ANEEL, provocado pela distribuidora Energisa S/A. A audiência foi realizada na manhã de quarta-feira, 20, em Brasília a convite da bancada federal, na qual participaram também o governador Marcos Rocha (PSL) e representantes do Poder Judiciário, Ministério Público Federal, entidades classistas e OAB.

Confúcio Moura trabalha

Admirado por todos, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) é um dos que mais recebe lideranças rondonienses que buscam soluções para diversos problemas. Nesta foto Confúcio juntamente com o reitor do IFRO, Uberlando Tiburtino, reuniu-se com o ministro da Educação, Ricardo Velez e o secretário de Ensino Tecnológico do MEC, Alexsandro Ferreira, para tratar desses assuntos.

Confúcio recebeu o presidente da Assembleia legislativa de Rondônia, Laerte Gomes.  “Me senti lisonjeado, muito prestigiado. O Laerte é um deputado que eu sempre admirei muito. Eu o considero um amigo. Conversamos bastante”, disse o senador.

 

 

 O municipalista Confúcio recebeu no gabinete o prefeito de Santa Luzia, Nelson do Posto, região da Zona da Mata. O vereador Edivar e a Patrícia, secretária de Saúde do município também participaram do encontro em Brasília. “O município está  bem organizadinho, muito arrumadinho, então o que ele precisa mesmo é custeio para saúde e educação, e  é minha área”, pontuou.

 

Confúcio também recebeu os senhores Eldes Souza, Nélio Alencar e Denilson Rodrigues, do Crea e Confeas de Rondônia. Organizações da área de engenharia e arquitetura, que foram pedir apoio para um projeto de lei que está sendo desarquivado, que cria a arquitetura e a engenharia como carreiras típicas de Estado. “Isso vai para um grande debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), eu já assinei o requerimento pra desarquivar, já dei a minha colaboração inicial”, informou o senador.

Na tarde de quinta-feira Confúcio recebeu os senhores Henrique Pimentel e Flávio Marques, da Fundação Lemann. A Fundação Lemann é uma instituição sem fins lucrativos do mega empresário Jorge Paulo Lemann, dono do grupo das grandes cervejas, das Lojas Americanas, de um grupo internacional muito forte, e que tem essa Fundação de apoio a educação e a tecnologia educacional.  “Eles vieram aqui para saber no que poderiam nos ajudar, porque nós estamos apresentando um projeto de lei, Educação Conectada”.

 

“A Fapero é uma Fundação de Amparo à Pesquisa, e o Leandro é o novo-diretor presidente, nomeado agora. Um menino que foi selecionado por edital, no nosso governo. Preparado, tem doutorado. Trabalhou na Universidade de Rondônia, veio de São Paulo.  Estou muito feliz com ele. Está cheio de ideias grandiosas para Rondônia na área das telecomunicações, na área da pesquisa científica, na área dos laboratórios de ciências para as escolas”, falou o senador.

 

Por último, quem visitou o senador foi  Domingues Júnior (ex-Secom), Eduardo Correa e o Sandro Bardote que foram apresentar um projeto de um programa já instalado e definido em plataforma chamado em Tesouro Verde, que é um recurso de fundos de captação de empresas para financiar a certificação de florestas e também pagar serviços ambientais para as políticas sustentáveis na Amazônia. Já é uma realidade, embora seja poucas empresas ainda investindo, mas já é algo real que pode ser divulgado com uma certificação e um negócio garantido para os compradores desses títulos. A ideia é a preservação e transformar a floresta num ativo financeiro

Marcos Rogério em Porto Velho

Os deputados Ismael Crispin (PSB) e Adailton Fúria (PSD) se reuniram com o senador Marcos Rogério (DEM-RO), lideranças indígenas e representantes de entidades que desenvolvem trabalhos com índios. Lideranças da Terra Indígena (TI) Rio Branco entregaram uma carta pedindo apoio para questões relacionadas à saúde; para que a Funai continue ligada ao Ministério da Justiça; e para que sejam desenvolvidas ações que visem evitar invasões às TI. O deputado Ismael Crispin afirmou que esta é uma grande preocupação para os parlamentares que atuam na base do problema. Marcos Rogério explicou que o governo Bolsonaro é diferente dos anteriores. Assim, dificilmente as ações da Funai ficarão centralizadas no Ministério da Justiça. “O que estiver relacionado à saúde deverá ser tratado no Ministério da Saúde. Temas como demarcação de TI ficarão com a Agricultura e Regularização Fundiária. Isso é bom, porque evita conflitos entre ministérios”, explicou o senador, que se comprometeu em intermediar essas questões junto à Funai. “Sei que existe alguma resistência do presidente Bolsonaro, principalmente em relação às ONGs. Foram gastos R$ 1 bilhão com saúde indígena. Era para haver um atendimento de primeira, mas isso não acontece. Dinheiro ficou pelo meio do caminho”, afirmou Marcos Rogério. O representante da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Edjales Benício, explicou que em muitos casos não houve malversação, e sim dificuldade em vencer a burocracia não indígena para aplicação dos recursos. Participaram da reunião o coordenador de Povos Indígenas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), José Jesus Gonçalves, e as lideranças Rodrigo Tupari, João Tupari e Adriano Tupari.

 

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político