Vilhena: PF chega à Amazônia para ‘blindar’ Cinta-Larga, Suruí e Uru Eu-Wau-Wau

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Área de 2,7 milhões de hectares abriga as reservas Rossevelt, Serra Morena, Parque do Aripuanã, Aripuanã e Sete de Setembro, alvos frequentes do garimpo e da extração ilegal de madeira.

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Em tempos de Lava Jato, Acrônimo, Zelotes e outras tantas missões de combate a crimes financeiros e desvios de recursos públicos, a Polícia Federal deu início a uma série de ações para proteger uma área de 2,7 milhões de hectares na Amazônia que abriga as reservas indígenas Roosevelt, Serra Morena, Parque do Aripuanã e Aripuanã, todas da etnia Cinta-Larga.

Também são alvo de diligências policiais as terras indígenas de Sete de Setembro, dos índios Suruí e Uru Eu-Wau-Wau.

As informações foram divulgadas pela PF nesta quarta-feira, 8. A base da missão fica em Vilhena, Rondônia, na fronteira com a Bolívia.

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Acompanhados de fiscais do ICMBio e de servidores da Funai, policiais federais sobrevoaram por mais de 30 horas as terras indígenas ‘no intuito de fiscalizar, identificar, coibir e destruir maquinários de garimpo e extração de madeiras localizados no interior das terras indígenas’.

A PF já havia ocupado a reserva Roosevelt em dezembro de 2015 para estancar a exploração ilegal de madeira e de diamantes.Aquela ação contou com a cooperação dos próprios indígenas.
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Após a missão na Roosevelt, a PF descobriu que os garimpeiros que foram retirados do interior daquela reserva teriam migrado para as terras da etnia Suruí.

A meta da PF é evitar maiores devastações ao patrimônio ambiental indígena, por isso decidiu realizar sobrevoos periódicos. Simultaneamente, equipes de policiais federais realizam incursões pela floresta com ajuda, inclusive, dos próprios Cinta Larga, Suruí e Uru Eu-Wau-Wau, etnias sob ameaça.

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Os federais já são conhecidos entre os Uru-Eu-Wau-Wau e os Cintas-Largas pela rotina de patrulhamento na região. Na avaliação da PF, esse relacionamento ‘facilita, em muito, o trabalho em conjunto com esses povos para coibir a extração ilegal de recursos naturais’.

Estadão