União trava R$ 736 milhões de obras municipais em Rondônia e preocupa prefeitos

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Prefeitos de pires nas mãos em Brasília
Prefeitos de pires nas mãos em Brasília
Prefeitos de pires nas mãos em Brasília

Um levantamento feito pelo monitoramento da economia, da Associação Rondoniense de Municípios – Arom, aponta que R$ 736 milhões destinados às prefeituras de Rondônia estão inscritos em Restos a Pagar (RAP) no Orçamento Geral da União (OGU). Grande parte do montante já deveria ter sido paga aos municípios, pois os prefeitos têm obras em andamento e outras entregues, além da aquisição de equipamentos que não foram aferidos ou atestados pelo governo federal. São os classificados “Não processados”.

 

A preocupação da Arom é quanto dos cancelamentos de partes desses recursos. Ocorre que, conforme o Decreto 8.407/2015, publicado em 25/02, até o dia 30 de junho os ministérios avaliarão esses Restos a Pagar e indicarão quais devem ser efetivamente realizados e quais devem ser cancelados. Livres do cancelamento estão reservas para o PAC, do Ministério da Saúde, dos Programas do Ministério da Educação e os de Emendas Parlamentares do Orçamento Impositivo de 2014.

 

“Existem muitas obras nessas condições em quase todos os municípios rondonienses e muitos prefeitos procuram a associação diariamente para relatar esses problemas, que vão desde a falta de alguma documentação até a falta de medição por parte do órgão competente, que geralmente é a Caixa Econômica federal (CEF), a principal executora do Governo Federal”. É como explicou o presidente da Arom e prefeito de Machadinho do Oeste, Marinho da Caerd, ao constatar o relatório técnico da entidade.

 

Segundo a Arom, o total de Restos a Pagar não processados é de R$ 663 milhões. Desta soma, uma parcela importante é proveniente dos setores da saúde, educação, emendas e PAC. A instituição ressalta que o restante fica submetido à avaliação pelos outros Ministérios e dentro do que se especifica o escopo do Decreto 8.407/2015. Na observação do representante dos prefeitos, a medida, mais uma vez, frustra os gestores municipais e suas comunidades, que acreditaram nesses investimentos, prepararam os projetos e têm expectativa de que isso se concretize.

 

Autor: Willian Luiz/Assessoria