UM VICE-GOVERNADOR À FRANCESA?

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Emmanuel Macron, presidente da França
Com a quase definição na seara emedebista e confuciana, em relação à sucessão ao Governo do Estado, é oportuno formular algumas teses que eventualmente passaram na cabeça do ex-governador de Rondônia, Confúcio Moura para construir opções viáveis para sucedê-lo. Muito se tem falado de candidatos a governador, mas quando o assunto é vice, uma coisa é certa: vários candidatos querem ter Wagner Garcia na chapa, o que agora é uma hipótese bastante factível, e assim poderemos ter um vice-governador à francesa em nosso o Estado.
Não se trata aqui de traçar nenhum comparativo entre a realidade da França e a encontrada no estado de Rondônia. São dois mundos distintos, reconhece-se, embora, não há nada de ruim ter aquele país como referência para as aspirações rondonienses.
Em maio de 2017, assumiu a presidência da República francesa Emmanuel Macron, ex-ministro da Economia do presidente socialista François Hollande. Jovem, rico e sem vivência na política, Macron venceu as eleições para a presidência da França sem pertencer à elite política e sem estar atrelado aos grandes partidos do país.  Quase um outsider da política, Macron, além de inovar na forma de fazer a sua campanha (em que os partidos orgânicos cederam vez aos movimentos de pessoas, de  instituições e de interesses difusos), trazia consigo uma nova forma de entender o Estado, baseada no equilíbrio das contas públicas, no estimulo à competitividade das empresas nacionais, na repactuação de direitos sociais e trabalhistas e na defesa intransigente do fortalecimento da União Europeia. Para viabilizar o seu projeto eleitoral, Macron deixou o cargo de ministro das finanças da França em agosto de 2016, deixando a economia organizada e em condições de conduzir o país ao desenvolvimento. Venceu as eleições presidenciais francesa derrotando a ultradireitista Marine Le Pen (66% contra 34%).
Talvez tenham sido essas referências que levaram o ex-governador Confúcio Moura a pensar em lançar o nome de Wagner Garcia como candidato à sua sucessão. Ao conceber tal estratégia, na visão de Confúcio, o seu ex-Secretário de Finanças representa a garantia de continuidade do seu governo e a manutenção daquelas políticas que o elevaram à condição de governador mais bem avaliado do País.
Ex-secretário de Finanças, Wagner Garcia de Freitas

Funcionário público de carreira e liberal, Wagner Garcia tem sido o responsável pelo equilíbrio financeiro do Estado, incluindo a fuga das crises que afetam unidades federativas mais desenvolvidas e a garantia do pagamento salarial dos servidores públicos, ativos e inativos, rigorosamente em dia. Além disso, Garcia tem promovido políticas de incentivos ao setor produtivo local, resultando no fortalecimento do agronegócio e do ramo atacadista e, o mais importante, oferecendo segurança tributária e fiscal à sociedade do Estado.

Completamente outsider na política, Wagner Garcia seria o candidato que garantiria ao governador a continuidade das escolhas acertadas da sua administração. Além disso, para Confúcio, ao buscar essa opção, ele ofereceria aos eleitores um nome com apelo mais apropriado ao momento político vivido pelo País, no qual a classe política sofre contínuo desgaste pelos escândalos publicizados pela Operação Lava Jato, principalmente. No mais, a lealdade do agora ex-Secretário de Finanças ao governador e a forma republicana como tratava as finanças do Estado, lhe conferiam um perfil próximo daquele encontrado no atual presidente da França.
No caso francês, fora do meio político e responsável pelas finanças do país, Macron venceu as eleições sem o apoio ostensivo do presidente Hollande e sem um partido forte a lhe dar sustentação. Já em Rondônia, a opção Wagner Garcia, se continuada, reuniria um  servidor público de carreira que foi um secretário importante para uma gestão que tem sido reconhecida e premiada nacionalmente, o apoio de um governador com elevada aprovação popular e um partido forte (MDB) com enorme capilaridade nos municípios e potencial para atrair alianças positivas, além de tempo de televisão e fundo partidário.
Mas, além da distância geográfica, econômica e cultural entre a França e Rondônia, Confúcio sabia que existem outras variáveis a serem consideradas para que conseguisse replicar aqui o êxito político eleitoral de Macron, mas para ser Vice-Governador, o campo está aberto para Wagner, cujo nome possui cada vez maior aprovação nos bastidores da política. Wagner Garcia, aliás, já licenciou-se do cargo para disputar cargo eletivo. Resta agora saber se aceitará ser candidato a vice-governador ou se disputará algum outro cargo nestas eleições.