Técnicos em enfermagem do sistema prisional de RO podem parar no meio da pandemia por falta de apoio

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PORTO VELHO- Profissionais de enfermagem do sistema prisional de Rondônia podem parar por falta de quase tudo, de equipamentos (EPI) a salários compatíveis com a função. Muito deles ganham em torno de R$ 1.500 para se arriscarem no sistema prisional e no combate à Covid-19. Eles estão implorando por melhorias, reconhecimento e valorização, mas ninguém os ouvem. Em contato com o Mais RO, alguns profissionais de saúde do sistema denunciam que não tem gratificações, vale alimentação, não tem EPI’S e por isso, estão querendo fechar as enfermarias.

“Pedimos máscaras, ao menos a cirúrgica, falaram que não tinha. Ninguém nos representa. Lidamos com apenados, em situação de risco com salários que não chega a R$ 1.500 (um enfermeiro de nível superior ganha 2.300 reais, um técnico 1500 reais), um salário miserável e ninguém nos reconhece”, contou uma enfermeira que pediu para não se identificar.

“Fomos surpreendidos hoje com a notícia de aumento dos servidores da segurança pública. E nós da saúde que estamos na linha de frente e adoecendo, estamos há mais de 10 anos lutando por melhorias. A categoria não suporta mais a defasagem e o desrespeito nesse momento”, disse outra profissional do sistema prisional. Além da Covid-19, os profissionais da saúde estão expostos à doenças como tuberculose, meningite, doenças infecto contagiosas, sarnas, Aids, sifílis e outras  DST´s.

Enfermeira há mais de oito anos no sistema reclama que “quando o senhor Anderson (deputado Anderson) era presidente do sindicato nunca houve da parte dele alguma ajuda para nossa categoria. Agora ele fez um documento onde ajuda até os colegas da Sesau , porém nós da Sejus ele nem lembra que existe”, pontuou. Conforme o decreto abaixo, de autoria do deputado Anderson, e em nenhum lugar os profissionais da saúde está especificado.

Os profissionais do sistema prisional contam com 85 técnicos de enfermagem, 44 enfermeiros, 12 odonto e 15 aux de odonto.

“Nossa luta é por salários justos com um vencimento digno; Condições adequadas de trabalho com o recebimento correto de EPIs e ambiência salubre; Direitos como Insalubridade grau máximo em tempos de Pandemia. São 15 anos pelo governo do estado sem reajuste. E 10 anos pelos município de Porto Velho sem reajuste para a categoria”, finalizou a fonte.

Fonte: Mais RO