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quinta-feira, abril 25, 2024
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‘Supremo Tribunal Federal se tornou uma instância política’, diz senador

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Na quinta-feira, 15, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou um recurso que tentava reverter a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em votação, o plenário decidiu rejeitar a ação por 8 votos a 3, o que, na prática, anula as condenações de Lula no âmbito da Lava Jato e deixa o petista elegível e apto à participar das eleições de 2022. Votaram contra o recurso os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso. Do outro lado, Nunes Marques, Marco Aurélio e Luiz Fux votaram a favor da ação. O tema foi um dos destaques do programa “Os Pingos nos Is” desta sexta-feira, 16, quando os comentaristas debateram o anúncio de que Lula intensificará sua agenda política visando as próximas eleições.

Em entrevista ao programa, o senador Lasier Martins (Podemos-RS) comentou a decisão do STF, afirmando que a Corte é um “tribunal ideológico” e criticando o aparelhamento do Judiciário pelo PT durante os governos Lula e Dilma. “Mais do que nunca, o Supremo Tribunal Federal se tornou uma instância política. Um tribunal ideológico. E isso está acontecendo porque o Supremo foi aparelhado por uma ideologia. Basta nós olharmos os nomes. O PT ficou 15 anos no poder, aí colocou quem lá? Lewandowski, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Toffoli, Fachin, Barroso. Isso ai já dá mais da metade. E tem mais o Gilmar Mendes, crivado de suspeitas que todo mundo acompanha”, afirmou o senador, que continuou: “O Supremo hoje é uma Corte desprestigiada e desacreditada exatamente por isso. E porque isso acontece? Porque o Supremo é aparelhado pelos presidentes da República e como o PT ficou muito tempo ele colocou esse pessoal aí”.

Por fim, Lasier também afirmou ser favorável a uma mudança no sistema, defendendo o fim da vitaliciedade dos cargos no STF e dizendo ser contra a indicação de magistrados “por conveniência” dos presidentes. “Precisa mudar o sistema. Por isso eu tenho lá desde abril de 2015 a PEC 35 que acaba de um lado com a vitaliciedade. O Toffoli e o Kássio vão ficar mais de 30 anos e não se pode continuar com o presidente colocando os ministros conforme sua conveniência e suas afinidades ideológicas e políticas, ou na espera de algum resultado. O Kássio Nunes Marques está votando só de acordo com o que interessa ao presidente da República que o nomeou. Um dos males começa por aí.”

Fonte: Jovem Pan