SITETUPERON denuncia manobra do Consórcio SIM que poderá intensificar greve nos ônibus da Capital

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Com a decretação da greve no transporte coletivo de Porto Velho, a partir desta segunda-feira (24), a Justiça do Trabalho decretou que 70% da categoria deverá permanecer trabalhando durante o movimento paredista. O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo (SITETUPERON) denunciou que o que considera uma manobra do Consórcio SIM de tentar burlar a decisão da Justiça do Trabalho; pois teria transferido dezenas de ônibus de sua garagem para uma outra do grupo Rovema Scania, localizada na Rua Rio Madeira com a BR-364.

As denúncias chegaram ao SITETUPERON no final da tarde deste domingo e diretores da entidade foram até o local e confirmaram a manobra do Consórcio SIM. Com isso, a greve dos trabalhadores poderá ser seriamente prejudicada, já que o Sindicato pretende cumprir a decisão judicial, encaminhando 70% dos trabalhadores para operar 70% frota; entretanto, os outros 30% dos ônibus ou mais estariam sendo liberados em outro endereço, possivelmente com outros motoristas, frustrando a greve.

Para o SITETUPERON trata-se de uma postura desleal do Consórcio SIM, que representaria uma fraude contra a greve e poderá levar a uma radicalização do movimento por parte dos trabalhadores indignados com a manobra patronal. O Sindicato entende que o Consórcio estaria planejando colocar para rodar 100% da frota, inviabilizando com essa estratégia a greve da categoria.

Os trabalhadores do transporte coletivo da Capital, que está sem reajuste desde 2014, reivindica: reajuste salarial de 19%; ticket alimentação no valor de R$ 330,00; aumento do vale-refeição de R$ 10,00 para R$ 12,00; plano de saúde odontológico; seguro de vida para todos os trabalhadores no valor de R$ 50.000,00; e fim dos vários intervalos na jornada de trabalho conhecida como “duas pegadas”. Mesmo já tendo recebido um aumento nas passagens de mais de 15% em 2016, do qual não repassou nada para os trabalhadores, o Consórcio SIM tem sido intransigente, o que obrigou a categoria a decretar a greve.

Assessoria CUT