SITE OFICIAL DO PALÁCIO DO PLANALTO CITA CONFÚCIO MOURA COMO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

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BRASILIA- O site oficial da presidência da República publicou o discurso na íntegra de Michel Temer por ocasião da inauguração do Hospital do Amor, em Porto Velho. Pré-lançado há 10 dias, o nome de Confúcio Moura à presidência da República ganha corpo. Confúcio, por seu turno, brinca com o assunto, mas a cúpula do PMDB nacional sabe que o partido não tem candidato para suceder Michel Temer e que o governador de Rondônia tem se destacado dentre todos os governadores do País. De acordo com pesquisa do G1, Confúcio é o governador que mais cumpriu até agora promessas de campanha, o que o eleva à posição de melhor do Brasil. Na página dele no Facebook, Confúcio Moura brinca com a possibilidade: ” Ontem, o deputado Lúcio Mosquini, em seu discurso, em tom de brincadeira, disse: – na falta de candidato do partido à Presidência da República, eu lanço o Confúcio. De certo, se viesse a aceitar, por generosidade, só teria o voto dele. Presidente, por presidente, prefiro a ser da minha Linha, a C-50 de Ariquemes, que já é muito”.

(clique para acessar a página do Palácio do Planalto AQUI) ou  leia aqui o discurso de Michel Temer na íntegra:

Eu quero, meus amigos, minhas amigas, começar cumprimentando. Cumprimentando o Confúcio Moura, nosso governador e agora candidato à Presidência da República.

O deputado Maurão de Carvalho, presidente da Assembleia Legislativa,

Os senadores amigos Acir Gurgacz, Ivo Cassol, Valdir Raupp,

Os deputados federais Baleia Rossi, Lindomar Garçon, Lucio Mosquini, Luiz Cláudio, Mariana Carvalho, Marinha Raupp, Nilton Capixaba, Carlos Magno.

O Hildon Chaves, prefeito de Porto Velho,

O vereador Maurício de Carvalho, presidente da Câmara Municipal,

E o querido amigo Henrique Prata, presidente do Hospital de Amor Amazônia, em nome de quem cumprimento os doadores, os funcionários e os pacientes do hospital.

Quero dizer a vocês, da maneira mais informal possível, que é meu hábito, em toda e qualquer solenidade, buscar uma palavra que sintetize a solenidade. E, para mim, hoje, Henrique, a palavra é religiosidade. E digo por quê: “religião” vem da expressão religoreligare. Ou seja, a religião serve sempre como uma ligação, uma religação entre as pessoas. E eu digo isso porque o Henrique Prata e os demais oradores tanto falaram ou invocaram Deus e a palavra de Deus e santos, como São Pedro, que, na minha cabeça – e aí a razão da palavra sintetizadora –, só mesmo uma figura dotada de uma espiritualidade superior, capaz, talvez, de despojar-se das vaidades humanas, para dedicar-se ao povo brasileiro, poderia realizar o que foi realizado em Barretos, e hoje está sendo realizado aqui em Rondônia. Henrique Prata é o sinônimo da religiosidade e da espiritualidade.

Aliás, é interessante, há pessoas que fixam tudo, não é? O Henrique é capaz de fixar, em detalhes, todos os encontros. Tivemos dois ou três encontros. E eu confesso, também vocês haverão de me perguntar: “mas por que será que o Temer prestigia desta maneira o Henrique Prata?”. Em primeiro lugar, naturalmente, pelos deputados, deputadas, senadores, governador, que sempre postularam isso que está acontecendo no dia de hoje. Mas eu quero relatar aos meus amigos e minhas amigas que, antes de conhecer o Henrique Prata, coincidentemente, uma ocasião, estando em Barretos, nas velhas campanhas de deputado federal – eu fui seis vezes deputado federal –, levaram-me para conhecer o hospital de Barretos, e você não estava lá. Foi a primeira visita que fiz ao hospital. E quando verifiquei, orientado por um servidor do Henrique Prata, o que lá estava sendo feito, eu disse: “mas que obra preciosa, eu quero conhecer essa figura”.

E logo depois, numa segunda oportunidade que lá estive, eu conheci o Henrique Prata e passei, de alguma maneira, humildemente, a ser advogado das obras do Henrique Prata. Eu acho que fiz isso com muito prazer, e quando os deputados colocavam emendas em favor desta obra e, interessante, o Henrique, ele não fica apenas, digamos, atrás das emendas do poder público. Ele vai à sociedade civil, não é? E sensibiliza a sociedade civil. Foi assim em Barretos, agora ainda eu cumprimentei os doadores deste hospital – e até proponho que você pleiteie a ampliação dessas doações e a ampliação dessas emendas. Eu tenho a impressão que você ganhará o aplauso de todos.

Então, eu quero dizer que eu aqui estou, aliás, muito adequadamente, no hospital chamado Hospital de Amor. Interessante como, viu, Henrique, Confúcio – aliás, o Confúcio também é uma figura, é de uma suavidade o Confúcio Moura, não é verdade? Acho que essa suavidade, conectada à ideia de autoridade, é que faz com que ele tenha uma vida pública tão exitosa. Porque eu percebo que muitas pessoas acham que aqueles que são educados, pessoal e civicamente, não têm autoridade.

O Confúcio Moura é de uma educação acentuadíssima, de uma delicadeza extraordinária. E de uma, digamos, um apreço extraordinário pelas instituições. E sendo como é, é que ele faz a sua vida. Eu tive o prazer de conhecê-lo, como dito Cassol, lá em Brasília, nós fomos colegas, e eu sempre admirei essa sua performance. De uma tranquilidade, de uma serenidade absoluta.

Até, por falar em religiosidade, acho que até contei isso para o Confúcio, porque um dia ele me disse: “mas, Temer, você é tão sereno, tão tranquilo, você é homem de conciliação, você não se abala com as inverdades assacadas contra você, com as mentiras, com as aleivosias assacadas contra o seu governo”. Eu contei para ele um episódio – e aqui, Henrique, eu volto a dizer que, de fato, eu nasci lá em Tietê, na frente da igreja São Pedro. E houve essa coincidência que o Henrique comentou com vocês. Nós nos encontramos, precisamente, no dia de São Pedro. Mas lá, aos sete anos de idade, eu fui à missa em uma ocasião, levado por um irmão meu, mais velho, e lá, nas paredes, havia as virtudes teologais. E uma delas me chamou a atenção, era a temperança. E eu me interessei por aquilo, cheguei em casa, peguei o dicionário do meu irmão mais velho e fui ver o que era temperança. E vi que era moderação, equilíbrio, a ideia de que você nem sempre está certo, que você tem que levar em conta as observações de terceiros, não as observações raivosas, políticas, não são estas a que me refiro; as observações construtivas.

Então eu, de alguma maneira, eu de vez em quando penso, e disse a ele, eu penso que aquele fato religioso pautou a minha conduta. E verifico hoje, voltando à palavra amor, que é isto que nós devemos preservar, que nós devemos incentivar, que nós devemos pregar, entre os brasileiros em geral. Na verdade, não devemos ter brasileiro contra brasileiro, mas brasileiro com brasileiro. E brasileiro com brasileiro significa exatamente amor. De fora a parte, naturalmente, as objeções de natureza política, de natureza administrativa, que são mais do que legítimas e naturais, e até nos ajudam a construir o governo.

Quando o Confúcio indica estes dados excepcionais – ele até não leu por completo os vários dados extremamente positivos de um governo, meus amigos, minhas amigas, que tem 18 meses. Nós não estamos falando de um governo de quatro anos ou de oito anos, estamos falando de um governo de 18 meses. Mas eu só consegui fazer isso por causa da companhia dos deputados, deputadas, senadores que estão aqui. O Congresso Nacional me deu um apoio extraordinário, tanto no Senado como na Câmara. Porque logo ao assumirmos o governo, nós… vocês já perceberam que eu gosto muito de identificar uma palavra que conduz os momentos governativos ou as solenidades, e a primeira palavra que nós utilizamos foi a palavra diálogo. Estabelecendo, portanto, um diálogo acentuadíssimo com o Congresso Nacional, de um lado, e com a sociedade, de outro lado.

Não foi sem razão que nós conseguimos fazer extraordinárias reformas sempre desejadas, ansiadas, postuladas, mas jamais levadas adiante. De vez em quando até me dizem: “olha, Temer, você está sendo muito corajoso, até ousado”. Eu digo: ousado, porque eu atendo aos postulados da sociedade brasileira com o apoio do Congresso Nacional.

Então, quando eu falo dos vocábulos, das palavras, eu estou falando, exata e precisamente, disto: de algo que pode nos reunificar, que pode unir o País. É isso que nós queremos.

E interessante que, muitas e muitas vezes, vejam bem, não se pode esperar tudo do poder público. O Henrique Prata não esperou. O Henrique Prata foi atrás de construir um sistema apreciado, enaltecido, ressaltado em todo o País. Vejam o número de pessoas que vão a Barretos para tratamento, e tratamento gratuito. Então, ele, da iniciativa privada, se dedica a uma causa pública. E é interessante como muitas vezes aqueles que estão na atividade privada fazem tanto ou mais do que aqueles até que estão na atividade pública.

Por isto, Henrique, eu acho que você merece um aplauso entusiasmado deste plenário que está aqui. E, naturalmente, também merece aplausos o Confúcio Moura. Vocês viram a fala do Henrique quando disse: não fosse a conversa que teve com o Confúcio. O presidente da Assembleia, que falou das emendas, do prefeito, das primeiras emendas que vieram para cá. Não fosse os deputados, a deputada Marinha, o deputado Baleia, lá do meu estado, não fosse o empenho de todos eles, nós não teríamos chegado até esse momento. Daí porque todos eles merecem também um aplauso entusiasmado.

E aqui, Confúcio, se você me permite, senadores Acir, Ivo Cassol, Valdir Raupp, eu acho que é um assunto… aqui tem prefeito, não é? Tem vereador por aqui, a começar pelo prefeito da capital. Eu quero dizer que ontem, às 20h, numa reunião com a Associação dos Municípios do Estado Brasileiro, foi uma reunião com vários prefeitos, eu liberei, para o mês de dezembro, exatamente para fechar o balanço, R$ 2 bilhões para os municípios brasileiros. Já o fizera antes. No ano passado, precisamente em 30 de setembro… perdão, 30 de dezembro, sabedor das dificuldades dos municípios brasileiros, nós fizemos editar uma medida provisória em que nós dividimos o valor da chamada multa da repatriação. Porque, explico, na repatriação, apenas o tributo é que era partilhado entre estados e municípios. Mas quando eu vi as dificuldades dos estados e dos municípios, sem a previsão legal, nós resolvemos editar uma medida provisória, portanto, um ato com força de lei, que passou a partilhar a multa entre estados e municípios. E os municípios, naquela ocasião, conseguiram fechar o seu balanço com toda tranquilidade. Ora bem, esses [R$] 2 bilhões que nós indicamos no dia de ontem darão, neste final de ano, muita tranquilidade aos municípios brasileiros.

Mas, olha, eu já falei demais, quero me reportar a essa portaria que a Marinha me entregou, sempre com a sua pertinácia, com a sua persistência. E também anunciar que o compromisso nosso com a região Norte é inequívoco. Nós temos demonstrado isso ao longo do tempo.

Mas eu quero aproveitar para anunciar que nós acabamos de concluir uma licitação para melhorar e ampliar o aeroporto desta capital, e isto já está definido. Nós vamos arrumar verba para isso, para ampliar o aeroporto da capital. Porque a esta altura, meus amigos, com esse hospital aqui em Rondônia – espero que não, espero que não haja doentes que venham para cá, mas visitas que venham para cá -, vai ampliar enormemente o número de visitas aqui a Rondônia. De modo que eu quero dar também esta notícia.

Portanto, Henrique, Confúcio, prezados senadores amigos, deputados, médicos, enfermeiros, a quem eu tive o prazer de cumprimentar. Doadores e habitantes aqui de Rondônia, autoridades todas. É com muito amor que eu me despeço de vocês, homenageando mais uma vez este hospital. Grande abraço.

 

Ouça a íntegra do discurso (14min55s) do presidente Michel Temer