Decisão foi tomada porque restrições anteriores à circulação não impediram o surgimento de uma onda de focos em igrejas, escritórios, casas de repouso e instalações médicas.
Centros de ensino particulares fecharam pela primeira vez na capital da Coreia do Sul nesta segunda-feira (31), e o tráfego estava leve no primeiro dia útil sob regras de distanciamento mais duras concebidas para evitar uma segunda onda de infecções do novo coronavírus.
Na sexta-feira (29), a Coreia do Sul adotou a medida inédita de restringir a operação de restaurantes, cafeterias e cursinhos na área da grande Seul – igrejas, clubes noturnos e a maioria das escolas publicas já haviam sido fechados.
A decisão foi tomada porque restrições anteriores à circulação não impediram o surgimento de uma onda de focos de coronavírus em igrejas, escritórios, casas de repouso e instalações médicas.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC) relatou 238 casos novos até a meia-noite de domingo, a maioria em Seul e em regiões vizinhas. Foi o 18º dia de aumentos de infecções diárias na casa dos três dígitos.
“O quão minuciosamente implantamos o distanciamento social nesta semana será extremamente importante em nossos esforços para cortar os elos das infecções e controlar a disseminação”, disse o diretor do KCDC, Jeong Eun-kyeong, em uma entrevista coletiva.
Até agora, a Coreia do Sul relatou um total de 19.947 infecções e 324 mortes da Covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus.
Menos carros e pessoas estavam nas ruas da capital no horário de pico da manhã, já que as empresas incentivaram seus funcionários a trabalharem em casa.
O governo reduziu a presença de servidores nos escritórios, e muitas corporações, como as gigantes tecnológicas Samsung Electronics, LG e SK Hynix, ampliaram ou reinstauraram diretrizes de teletrabalho.
“A empresa o permitiu pela primeira vez porque o número de casos continuava a aumentar”, disse Oh Yun-mi, funcionário de 36 anos de uma empresa de manufatura que nunca havia trabalhado em casa.
Centros de ensino particulares pós-aula que funcionaram normalmente em março, durante a primeira onda de infecções de coronavírus do país, foram interditados.
Existem 25 mil cursinhos em Seul, e nacionalmente três de quatro crianças do primeiro ao 12º grau frequentam tais academias na esperança de melhorar suas perspectivas em um sistema educacional notoriamente competitivo.
Fonte: G1
Por Reuters