Senador Confúcio Moura diz que Dilma Rousseff foi a melhor presidente para Rondônia

0
160

 

Senador também apontou erros da equipe bolsonarista do Ministério da Saúde que impactou negativamente na pandemia

364 – O ex-governador e senador Confúcio Moura (MDB) concedeu entrevista nesta sexta-feira 07.05 ao jornalista Samuel Costa do Portal Brasil364, onde foi questionado sobre temas relativos à atuação do Governo Federal no enfrentamento ao Coronavírus, a ´paternidade´ da ponte sobre o rio Abunã, a relação comercial entre Brasil e China e Governo Dilma Rousseff (PT).

De acordo com o Confúcio Moura, o Governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido) tem atrapalhado bastante o controle da doença através de seu comportamento, palavras e atitudes e causando má influência em pessoas que apoiam sua administração, e comparando-o com os chefes de outras nações que souberam bem-conduzir suas ações contra o Covid-19.

“Minha avaliação é muito ruim. Podia estar muito melhor se tivéssemos copiado outros países do Mundo como Inglaterra que inicialmente negou o risco, de depois voltou atrás, corrigiu e fez um controle bem mais efetivo de suas pandemias”, disse o ex-governador.
Para Confúcio, um dos grandes problemas do enfrentamento foi o negacionismo do Governo Federal. Suas declarações levaram muita gente a negar que o Covid-19 não inspirava cuidados. O Brasil pagou com milhares de vidas por esse posicionamento somente por causa de declarações do presidente na mídia. Negou, segundo Confúcio, o conhecimento científico, feito por pessoas que estudaram endemia e pandemia a vida inteira e que conhecem muito o assunto.

“Um presidente da República, um governador, um prefeito são autoridades, são líderes eleitos e exercem influência imensa sobre a população. Suas opiniões tem grande aceitação popular. Quando ele caminha por uma ideia divergente ´isso aqui não precisa usar máscara´, ´podemos aglomerar´, juntos, ´fazer festa´, e tudo mais´, termina tendo uma serie de pessoas que seguem esse ponto de vista”, avaliou.

Outra situação gerada pelo presidente por sua mania de falar demais no episódio envolvendo a China, que levou a uma ´guerra-química´ entre os dois países, que afetou a importação de insumos para a vacina contra o Covid-19. Confúcio disse que não sabe mensurar o nível dos impactos causados sobre essas declarações, mas admite que o estrago ao País é grande.

“A gente não pode prever de 0 a 100 o nível que está. Só sei que prejudica. A China é nosso maior parceiro comercial. Ela compra do Brasil soja, carne, frango, suíno produtos do agronegócio. A china é a nossa maior compradora”, disse. Segundo o ex-governador, o Brasil movimenta no máximo 1,4% do volume do contexto das exportações internacionais no Mundo. “Se não vendêssemos nada para ninguém não fazíamos falta para o Mundo”, destacou.

Sobre a ponte sobre o rio Madeira, em Abunã, Confúcio Moura não quis polemizar muito, mas apontou, como prováveis ´pais´ da obra, o sonho ´profético´ de desenvolvimento do jornalista Luiz Tourinho e do ex-deputado federal Miguel de Souza, que há décadas tiveram uma visão de interligar Rondônia e Acre à América Andina. “Luiz Tourinho foi o pioneiro da ponte, muito anterior ao meu governo. Ele já falava em saída para o Pacífico para os portos do chile e Peru. A chamada Ponte para o futuro”, lembrou.

Sobre a questão política, a ponte começou na presidência Dilma Rousseff, em 2014. Segundo o governador, na cheia daquele ano, a maior do século, Dilma sobrevoou todas as regiões alagadas. Foi naquela ocasião, que ele, então governador, propôs a construção da ponte.
“Na época da enchente ela sobrevoou comigo o rio. Ela olhou para baixo, descemos até a divisa em Humaitá olhando tudo, aí ela deu a palavra ´vamos construir´. O projeto já estava feito e aí vieram os primeiros recursos e a coisa aconteceu. Aí veio o Temer, meu colega…. Tem o Tião Viana… estavam sempre juntos da gente. Nessa hora não tinha PT, nem PMDB. Os empresários, os moradores, madeireiros, produtores de gado. Foi criado um ambiente, cenário. O Tourinho sonhou, o Miguel sonhou e a enchente nos ajudou”, brincou Confúcio.
O ex-governador considerou a relevância do Governo Dilma para Rondônia. “Foi a melhor Presidente para Rondônia em Todos os tempos até agora. Levou para nós a usina, movimentou R$ 30 bilhões. Ela me arrumou mais de 20 mil casas, fizemos muitos conjuntos residenciais em Porto Velho, Ji-paraná, Cacoal, Rolim, Ariquemes. Tudo o que falava com a Dilma ela arrumava para gente”, reconheceu.

Assista na íntegra a entrevista completa do ex-governador e senador Confúcio Moura.

https://fb.watch/5pirVHesyA/

Fonte: Brasil364