Sem interessados, Rolim de Moura deve ficar fora do estadual

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Foto: Alexandre Almeida

Mais uma vez a história se repete, sem interessados em assumir a direção do clube para a próxima temporada, o Rolim de Moura deve ficar de fora do Campeonato Rondoniense de 2018.

Para garantir a presença do Tigre da Zona da Mata no Estadual do ano que vem, os representantes da nova diretoria do time devem ser escolhidos até o próximo dia 20, quando serão apresentadas as equipes que vão participar do campeonato. Porém, assim como aconteceu em 2014, não há ainda quem queira sentar na cadeira de presidente e comandar o clube nos próximos anos.

Depois de um ano parado, o ex-presidente do Rolim de Moura, Arthur Lima, um dos fundadores do clube, que havia dito que futebol para ele era só pela televisão, reassumiu a presidência e o clube retornou ao futebol profissional em 2016, mas depois de uma série de problemas dentro e fora de campo, Lima deixou o cargo e o Tigre acabou desistindo do campeonato com a competição em andamento.

Por causa da desistência, o clube foi punido e ficou com as atividades paralisadas neste ano. E mais uma vez, Arthur Lima entra em cena em busca de interessados em assumir a equipe para a próxima temporada.

– Como o Conselho Arbitral da Federação de Futebol de Rondônia, onde será debatido o regulamento, tabela entre outros assuntos relativos à competição para 2018, será realizado no dia 20, publiquei alguns convites na imprensa em busca de interessados em assumir a presidência do clube, mas até agora não apareceu ninguém. Penso que para o ano que vem não vai dá mais tempo, pois o tempo é curto e a nova diretoria deveria ser montada antes desse prazo – revela.

Devido a Copa do Mundo da Rússia, o Rondoniense deve ser antecipado para fevereiro. Por isso, o ex-dirigente pede que, caso alguém tenha interesse em comandar o clube, deve lhe procurar para dar início ao processo de formação da nova diretoria do Tigre da Zona da Mata.

– Agora é hora de mostrar que defende de verdade o time da cidade, pois pessoas para criticar o trabalho de quem está a frente da equipe sempre aparece. Por outro lado, é muito difícil encontrar alguém disposto a toca o barco. Chegou o momento de reverter isso – desabafa.

Trajetória

O Rolim de Moura surgiu pela necessidade de ter um time que representasse a cidade após a saída do Pinheiros FC, clube que conquistou o segundo lugar nos estaduais de 1995 e 1999. A equipe formada por amigos participava de competições amadoras e de base e começou a se destacar a partir de 2002, quando conseguiu uma boa colocação no Torneio Brasileirinho de Futebol.

Em janeiro de 2004, com a ascensão do futebol e a visibilidade que o time estava ganhando, foi eleita a primeira diretoria, que tinha como presidente Arthur Lima, o mesmo que viria a desistir do clube anos mais tarde. No ano seguinte, o Rolim de Moura se federou e conseguiu uma vaga na segunda divisão do profissional. Logo na estreia, o time ficou com o terceiro lugar e nos dois anos seguintes, 2006 e 2007, foi vice-campeão.

No fim de 2014 o presidente Arthur Lima abriu novas eleições, afirmando que não queria mais estar à frente de clube algum no estado. No entanto, ninguém estava disposto a substituí-lo. Na eleição só compareceram o próprio Arthur e um repórter que iria cobrir o pleito. Com isso, em 2015 o Rolim de Moura paralisou suas atividades no profissional por falta de interessados para comandar o clube.

Depois de um ano afastado, Arthur Lima reassumiu o comando do clube e fechou uma parceria com uma empresa de futebol do Rio de Janeiro, comandada pela família do técnico Manuel Filho, que ficou com a responsabilidade de investir e tocar o Tigre da Zona da Mata durante a temporada. No entanto, um grupo de jogadores acusou o treinador de maus tratos. Diante dos problemas, Arthur deixou o comando do time, e o Rolim acabou abandonando a competição com o campeonato em andamento.

Fonte: Globoesporte.com