Roteiro de Ismael Machado que envolve políticos corruptos de RO vai virar longa de Jurandir Costa e Kopanakis

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Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, cineastas premiados

Rondônia terá primeiro longa de ficção no cinema

Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, cineastas premiados
Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, cineastas premiados

Uma trama que mistura corrupção política, suspense sobrenatural e ‘road-movie’, tendo a Amazônia como cenário principal. Esses são os ingredientes que formam aquele que pode vir a ser o primeiro longa-metragem de ficção realizado por uma produtora rondoniense. A Espaço Vídeo, coordenada pelos documentaristas Jurandir Costa e Fernanda Kopanakis, foi a única vencedora nortista do edital de produção de cinema Prodecine 1. O resultado, divulgado no dia 31 de agosto, contemplou 34 novas produções cinematográficas de todas as regiões do Brasil.

 

O filme rondoniense se chama ‘Perdidos’, um roteiro original escrito pelo jornalista e roteirista Ismael Machado. Ex-editor do jornal ‘O Alto Madeira’ nos anos 1990, o roteirista criou uma história onde uma caçadora de recompensas com poderes sobrenaturais sai em perseguição a um casal para recuperar uma alta quantia de dinheiro roubado de um deputado. Mas como na história ninguém é totalmente inocente, o dinheiro roubado é fruto de uma falcatrua do político. O confronto final se dá numa comunidade de remanescentes quilombolas cercada por uma floresta conhecida por sinistros acontecimentos sobrenaturais.

 

 Ismael Machado é jornalista e escritor; , autor de Decibéis sob Mangueiras: Belém e o cenário rock Brasil dos anos 80; e Sujando os sapatos: o caminho diário da reportagem; Ele teve passagens pelos jornais Alto Madeira, Diário do Pará, O Globo e Jornal do Brasil. Conquistou cerca de dez prêmios jornalísticos, entre eles Vladimir Herzog, Líbero Badaró e Direitos Humanos em Jornalismo.
Ismael Machado é jornalista e escritor; , autor de Decibéis sob Mangueiras: Belém e o cenário rock Brasil dos anos 80; e Sujando os sapatos: o caminho diário da reportagem; Ele teve passagens pelos jornais Alto Madeira, Diário do Pará, O Globo e Jornal do Brasil. Conquistou cerca de dez prêmios jornalísticos, entre eles Vladimir Herzog, Líbero Badaró e Direitos Humanos em Jornalismo.

‘Perdidos’ é o primeiro roteiro de ficção de Ismael Machado a ir para uma produção efetiva de cinema. Morando há um ano e meio no Rio de Janeiro, o jornalista, vencedor de 11 prêmios jornalísticos na carreira, está envolvido no roteiro e co-direção de mais quatro produções, todas no terreno dos documentários. ‘Soldados do Araguaia’ um longa-documentário que aborda a guerrilha do Araguaia sob o ponto de vista dos soldados que combateram nas matas paraenses nos anos 1970, tem filmagens previstas para o primeiro semestre de 2017, assim como ‘Marcadas para Morrer’, série documental que conta a história de mulheres que lutam pelos direitos à posse da terra na região e que vivem sob ameaça de morte.

 

As duas produções foram aprovadas em editais do CineBrasilTV e são originadas de reportagens feitas por Machado, vencedoras em premiações jornalísticas e estão sendo feitas em parceria com a Giros,  produtora carioca com quase duas décadas de existência e que é responsável por oito longas-metragens, 27 séries de TV, cinco prêmios internacionais e 1100 horas de programação exibidas em mais de 23 canais pelo mundo.

 

Além dessas produções, o roteirista também assina como roteirista a produção amapaense ‘Mad Scientists-Cientistas que ninguém quis ouvir’, do diretor Gavin Andrews, recentemente vencedora do Prodav 8, com produções direcionadas às TVs públicas.

 

“São produções que só estão se tornando possíveis por conta das possibilidades trazidas pela Ancine (Agência Nacional de Cinema) e pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) que descentralizaram as produções. Com isso a região Norte pode almejar a realização de filmes”, diz o roteirista.

 

“Perdidos” também será a primeira produção longa-metragem de ficção de Jurandir Costa. Um dos mais conhecidos documentaristas de Rondônia, Jurandir Costa produz curtas e médias metragens desde o início dos anos 90, em Porto Velho, com diversas premiações ao longo da carreira. Ao lado de Fernanda Kopanakis, Jurandir também é o coordenador do Cineamazônia, o festival de cinema ambiental que há mais de uma década já faz parte do calendário cultural da capital rondoniense.

 

“Não podemos errar”. Essa tem sido a frase mais comum repetida por Jurandir em relação à produção do filme em questão. ‘Perdidos’ terá a direção de Leopoldo Nunes, que tem no currículo seis curtas-metragens e um longa documentário.

 

O edital vencido pela Espaço Vídeo faz parte do Programa Brasil de Todas as Telas. No total, serão investidos R$ 40 milhões, distribuídos entre os 34 filmes aprovados nessa seleção. Uma das linhas mais tradicionais do FSA, em operação desde 2008, o Prodecine 01 já financiou a produção de 190 filmes brasileiros de produção independente. Nesta chamada, 278 projetos de todo o Brasil foram inscritos e, após o processo seletivo, o Comitê de Investimento do FSA selecionou 34 projetos de ficção, animação ou documentários.

Fonte: Assessoria