Rondonienses bebem mais e fumam menos, aponta Pesquisa do IBGE

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O IBGE divulgou hoje (18) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que traz, entre outras informações, sobre o consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e hábitos alimentares. A Pesquisa também tem informação sobre autoavaliação de saúde, saúde bucal e presença de doenças crônicas. Sobre estes assuntos, os releases serão encaminhados amanhã (19) e na sexta-feira (20).

Ressalto que há informações sobre todos os tópicos do release abaixo por estado e por capital, por sexo, grupo de idade, nível de instrução, cor ou raça, condição em relação a força de trabalho e rendimento. Ou seja, caso necessário, é possível averiguar outras informações além das que estão no release.

Segue release sobre estilo de vida dos rondonienses:

Estilo de vida: rondoniense bebe mais; tabagismo apresenta queda pequena
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), referente ao ano de 2019, apontou que 15% da população de Rondônia com mais de 18 anos declaram consumo abusivo de bebida alcoólica. O índice é maior que o registrado em 2013: 11,1%. Porto Velho também apresentou aumento neste quesito: em 2013, eram 8,3% da população maior de idade e a proporção foi para 17,4% em 2019. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) caracteriza como consumo abusivo a ingestão de cinco ou mais doses de bebida em uma mesma ocasião.
Tanto homens quanto mulheres aumentaram seus índices de consumo abusivo de álcool. Em 2013, 17,7% dos homens rondonienses consumiram bebida alcoólica de forma abusiva, proporção que subiu para 23,7% em 2019. Já as mulheres apresentavam taxa de 4,9%, em 2013, e passaram para 6,7% em 2019. Em Porto Velho, em 2019, 26,4% dos homens com mais de 18 anos e 9,3% das mulheres declararam consumo abusivo de álcool.
Apesar do aumento em número absoluto, diminuiu a proporção de motoristas rondonienses que tinham ingerido álcool antes de dirigir. Em 2013, 26,4% das pessoas que dirigiram declararam que tinham bebido antes. Já em 2019, esta proporção foi para 18,1%. Os homens são maioria neste quesito: 22,8% contra 5,9% das mulheres que dirigiram.
Já em relação ao tabagismo, a PNS mostrou que a proporção de fumantes diários de tabaco teve uma pequena queda entre 2013 e 2019 (de 9,9% para 9,4%) em Rondônia. Mas o número de pessoas que tentaram parar de fumar teve aumento mais representativo neste período. Eram 69 mil fumantes que tinham tentado parar de fumar, representando 45,8%, passando para 72 mil, que representou 51,1%. Dos rondonienses que tentaram parar de fumar em 2019, dez mil utilizaram aconselhamento de profissional de saúde.
Em Porto Velho, houve aumento no número de fumantes entre 2013 e 2019, passando de  25 mil para 36 mil, sendo os homens a maioria (24 mil fumantes). O número de pessoas que tentaram parar de fumar também aumentou na capital. Em 2013, 18 mil fumantes tentaram parar de fumar e, em 2019, este número foi de 26 mil.
A Pesquisa mostrou ainda que 88 mil rondonienses não fumantes eram expostos ao fumo passivo em casa e 48 mil em local fechado de trabalho. Em relação a Porto Velho, estes números foram de 26 mil e 13 mil.
Na Região Norte, Acre e Rondônia têm os maiores números médios de cigarros fumados por dia: 11,6 e 11,5 respectivamente. O estado nortista com menor número é Amazonas, com média de 8,8. Em relação às capitais, Porto Velho tem o terceiro maior consumo, sendo Rio Branco (12,2) e Belém (11,9) as cidades com as maiores médias.
A PNS também averiguou sobre os fumantes que pensaram em parar de fumar devido às advertências contidas nos maços de cigarro. Em Rondônia, 72 mil pessoas fumantes com idade superior a 18 anos declararam esta condição. Em Porto Velho, este número foi de 24 mil.
Rondônia é o estado da Região Norte com menor consumo de alimentos ultraprocessados
Em relação ao consumo de alimentos ultraprocessados em 2019, a PNS mostrou que Rondônia é o estado da Região Norte com menor ingestão deste tipo de produto, com uma proporção de 8,8% da população com mais de 18 anos. O segundo estado nortista com menor consumo é o Pará, com 9,9%, e o com maior consumo é o Amapá, com 18,4%. A Pesquisa apontou ainda que o consumo diminui conforme aumenta a idade, sendo que o grupo com idades entre 18 e 24 anos apresenta uma proporção de 19,8%, enquanto que no grupo formado por pessoas com mais de 60 anos, apenas 1,6% declararam ingerir alimentos ultraprocessados.
A Pesquisa revela também que, entre as Unidades da Federação (UF) da Região Norte, Rondônia tem a maior proporção de pessoas com mais de 18 anos que consomem feijão regularmente: 81,7%. O segundo estado é Tocantins, com 72,3%. Pode-se ainda verificar que 87,2% dos homens rondonienses consomem feijão regularmente, enquanto que a proporção feminina é de 76,4%.
Em relação às capitais, Palmas apresenta um consumo maior de feijão que Porto Velho: 71,1% dos palmenses têm este hábito alimentar e entre os porto-velhenses o índice foi de 67%.
Sobre o consumo recomendado de hortaliças e frutas, 9,5% dos rondonienses declararam que consumiram pelo menos 25 porções destes produtos durante a semana de referência da coleta de informação. A menor proporção entre os brasileiros estava entre as pessoas desocupadas (9,7%), enquanto que no estado, o menor índice foi entre os ocupados (8,3%). O grupo de pessoas fora da força de trabalho apresentou o maior consumo de hortaliças e frutas tanto em nível Brasil (14,2%) quanto em Rondônia (11,9%).
Em relação ao consumo de peixe, em Rondônia, houve uma queda no número de pessoas que consumiam este tipo de proteína entre os anos de 2013 e 2019. Em 2013, 726 mil pessoas com mais de 18 anos declararam o consumo de peixe pelo menos uma vez por semana, o que representava 61% da população-alvo. Já em 2019, 629 mil rondonienses (50,1%) com mais de 18 anos consumiram este produto.
A PNS mostrou ainda que os homens consomem mais refrigerante que as mulheres. Em 2019, em Rondônia, 9,6% da população masculina rondoniense declararam que bebem refrigerante regularmente, enquanto que entre as mulheres, este índice é de 4,4%. O consumo entre os jovens também é maior. No grupo de pessoas com 18 a 24 anos, 15,7% ingeriam refrigerante com frequência. Já a proporção entre as pessoas com mais de 60 anos é de 4,2%.
Observou-se ainda que o consumo de doces diminuiu entre 2013 e 2019. Em 2013, 16,6% da população adulta de Rondônia ingeriam doces regularmente, caindo para 9,6% em 2019. O grupo de idade que apresentou o maior consumo deste tipo de produto era o formado por pessoas com idades entre 18 e 24 anos, em que 12,4% da população nesta faixa etária ingeriam doces regularmente.
Fonte: Assessoria