Rondônia será sede de projeto-piloto de inteligência de segurança de fronteira

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O Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, anunciou um projeto de investimentos na segurança na fronteira brasileira. Os três primeiros estados seriam Rondônia, Mato Grosso e Paraná.

Entre as propostas, há a construção de um possível Centro de Inteligência primeiro em Foz do Iguaçu (PR). Depois, chegaria em Rondônia e no Mato Grosso. Porém, até o momento, não se sabe o valor do investimento em cada região, nem mesmo onde esse dinheiro seria aplicado.

“Surgiu uma informação na mídia sobre uma aeronave para Rondônia, mas continuo dizendo que uma aeronave sem o apoio terrestre não vai causar grande impacto. Então nós não sabemos ainda o que realmente está sendo planejado pelos assessores do Ministro (Sérgio Moro) para as fronteiras com relação a Mato Grosso e Rondônia e que depois, no futuro, sabemos que deve se estender para os demais estados”, disse o Coronel Hélio Pachá, secretário de Segurança de Rondônia.

Rondônia, por exemplo, conta com a fronteira de Guajará-Mirim (RO), município a cerca de 330 quilômetros da capital Porto Velho. É a principal rota da droga que sai do país vizinho, a Bolívia, além de armas, munições e combustível. Pelo Rio Mamoré entram veículos roubados no Brasil.

Do município, a cocaína segue para outros estados, principalmente à região Nordeste. Ao todo, a fronteira de Rondônia conta com 1.342 quilômetros de extensão e é formada por rios.

Pelo lado positivo, isso dificulta a vida dos traficantes, já que a falta de estrutura nos pontos dos dois lados pesa contra o tráfico. Mas, ao mesmo tempo, preocupa as autoridades, já que faltam profissionais de segurança o suficiente para um policiamento mais ostensivo na região.

Caio Rodrigo Pellim, superintende da Polícia Federal (PF) em Rondônia, aponta outro crime pesado na região: a sonegação fiscal. Guajará é área de livre comércio, representando isenção de impostos. Empresas de todo o país colocam nas notas mercadorias destinadas ao município, que, na verdade, nem passam pela cidade. O objetivo é burlar a fiscalização e ficar livre dos impostos.

Fonte G1