Rondônia fará os próprios testes de coronavírus

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O Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen/RO) começou nesta quinta-feira (19) a realizar os exames específicos para o novo coronavírus. Os kits enviados pelo governo federal pra detectar a doença chegaram na noite de quarta-feira (18).

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) enviou a biomédica Adriana Cristina Salvador Maia, responsável pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, para fazer uma capacitação no Instituto Evandro Chagas, no Pará, para a detecção do Covid-19 pela técnica de PCR em tempo real. “A técnica que a gente passa a utilizar é uma das mais precisas e mais especificas, e é vinculada ao Ministério da Saúde que tem uma rede toda padronizada”, explica Adriana.

O governador Marcos Rocha destacou a importância de o exame ser realizado em Porto Velho para agilizar o diagnóstico e descarte dos casos suspeitos, que agora tem um prazo entre 48 e 72 horas, dependendo da demanda.

“Estamos trabalhando muito para evitar que essa doença se espalhe, prova disso é que Rondônia se antecipou e fez o contato com o Ministério da Saúde, por isso já tínhamos encaminhado uma profissional para ser capacitada. Ontem chegaram os kits e hoje já começamos a fazer 24 exames. Assinei o decreto e é importante que as pessoas entendam a necessidade de ficar em casa neste momento para evitar a infecção”.

“Estou muito feliz porque agora mudou tudo. Antes, as amostras coletadas em Porto Velho e no interior eram enviadas, toda quarta-feira, para o laboratório referência em São Paulo. Esperávamos o Ministério da Saúde enviar o gelo seco específico para acondicionar as amostras transportadas, com isso gerava uma demora maior nos resultados. Agora, isso acabou, os exames são feitos aqui”, destacou o secretário da Sesau, Fernando Máximo.

Com isso, o Lacen, que até então investigava os tipos mais comuns de vírus que causam doenças respiratórias em circulação no país (Influenza A e subtipificações, PCR-RT Influenza B, PCR-RT para Vírus Sincicial, Imunofluorescência Direta para outros vírus respiratórios), amplia o painel de vírus de transmissão respiratória analisados.

As amostras suspeitas são coletadas pelo Centros Estratégicos de Vigilância em Saúde (Cievs) de cada município e enviadas ao Lacen. “As pessoas não devem vir diretamente aqui. O fluxo de coleta continua o mesmo, através das investigações”, ressalta Ciciléia Correia, gerente do laboratório.

FLUXO ANTERIOR

Antes, as amostras suspeitas de Covid-19 coletadas em Rondônia eram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, uma vez por semana, pois dependiam da análise e autorização de transporte das amostras pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) para o envio do gelo seco padrão fornecido pelo Ministério da Saúde. O gelo especifico, que não tem em Rondônia, vinha de Guarulhos (SP) para o Lacen, o que demorava cerca de quatro dias.

Posterior ao recebimento do gelo seco, as amostras, previamente preparadas e devidamente acondicionadas, seguiam para o IAL em São Paulo. Este trânsito tem a durabilidade de cerca de três dias até a devida chegada ao destino.

Após o trâmite de recebimento da amostra no IAL/SP, esta seguia para o Laboratório de Vírus Respiratórios para ser realizado o painel complementar viral, incluindo a testagem para o Covid-19 (SARS-Cov2). O prazo de liberação do Instituto tem sido de 3 a 5 dias.

Fonte: Secom