Rio Madeira deve ser monitorado pela vazão e não pela régua

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NIVELASFALTOCAPANível do rio Madeira em Porto Velho deve ser monitorado pela vazão (velocidade da água) e não pela medição da régua. É o que afirma o Sub-comandante geral do Corpo de Bombeiros de Rondônia, Sílvio Luíz Rodrigues.

“Na cheia passada desceu muitos sedimentos e por conta disso o leito do rio pode ter mudado. Há locais no rio em que as balsas não encalhavam e hoje encalham e locais que encalhavam não encalham mais. A leitura da régua hoje não é mais verdadeira. A orientação que tivemos é para nos preocuparmos com a vazão (velocidade da água) por metros cúbicos e não pela medição da régua,” explica Rodrigues.

Segundo o monitoramento feito pelo site da Agência Nacional de Águas (ANA) na manhã de quinta-feira (29) a vazão no rio Madeira foi de 32 mil metros cúbicos por segundo.         “Esta vazão se compara a uma carreta de água passando a cada segundo. A partir de 40 mil metros cúbicos por segundo de vazão, a situação começa a ficar preocupante”, ressaltou Rodrigues.

Conforme as previsões que tem sido feitas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) não haverá uma cheia na mesma proporção da que houve no ano passado. “A quantidade de chuvas que ocorreu no ano passado nas cabeceiras dos rios Bene (Bolívia) e Madre de Dios (Peru), não está prevista para este ano,” diz Rodrigues.

De acordo com Rodrigues por enquanto o trabalho da Defesa Civil estadual está sendo de monitoramento. “O trabalho da Defesa Civil Estadual é um trabalho secundário a todas as prefeituras. A prefeitura de Porto Velho está bem mais equipada caso ocorra uma possível enchente. O trabalho da Defesa Civil municipal acontece antes do nosso. A estadual entra quando se esgota a capacidade de atendimento da Defesa Civil municipal,” relatou Rodrigues.

Fonte: Mais RO

Autor:  Cíntia Xavier

Foto: Marcelo Gladson