Revitalização do Complexo da EFMM será entregue neste segundo semestre

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Com 114 mil m² e aproximadamente 200 operários trabalhando a todo vapor, o complexo histórico e cultural da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) ganhará cara nova, com previsão de entrega à população ainda neste segundo semestre. Dentro do projeto de revitalização do patrimônio estão previstos a restauração dos galpões que abrigará os museus, a construção de uma passarela que ligará os galpões 1 e 2, centros de convivência, auditórios, estacionamento, pista de caminhada, posto policial, bares, restaurantes, lanchonetes, mirantes e espaços para venda de produtos regionais.

Segundo o presidente da Fundação Cultural de Porto Velho, Ocampo Fernandes, os rondonienses e toda região norte ganhará um atrativo a mais. “O complexo histórico da Madeira Mamoré já é um grande atrativo. Com a reforma e estruturas que estão sendo montadas, com certeza será o maior atrativo turístico e cultural do estado de Rondônia”, disse.

Ocampo enfatizou que a região tem todo um componente da própria natureza de frente para o Rio Madeira. “O próprio complexo, com seus galpões, museus e toda uma área arborizada com pista de caminhada estarão prontas para receber turistas nos restaurantes e bares. Acredito que o complexo da EFMM vai ser um excelente espaço de entretenimento e, com isso Porto Velho, o estado de Rondônia e a Região Norte estarão ganhando com esse grande atrativo turístico”.

O TEMPO E HISTÓRIA

Desde a sua inauguração, no dia 1° de agosto de 1912 pela Madeira-Mamoré Railway Company, construtora do empresário americano Percival Farquhar, a EFMM foi palco de grandes acontecimentos históricos da cidade de Porto Velho, entre eles, o ciclo da borracha – durante a Segunda Guerra Mundial – e as intempéries causadas pela grande enchente do Rio Madeira, em 2014.

Após ser desativada em 1972, pelo presidente da República à época, Castelo Branco, a ferrovia foi abandonada e só nove anos depois, em 1981, 7km dos 366km da estrada foram reativadas para fins turísticos, sendo desativada outra vez, em 2000.

Tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro em 2006 pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a EFMM só passou por reformas cinco anos após o tombamento, em 2011, reformas que foram feitas com verbas advindas da compensação das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.

REVITALIZAÇÃO

Em 2018, após um acordo entre órgãos públicos e privados, a EFMM que antes estava abandonada pelos antigos gestores da capital rondoniense, finalmente será concluída com uma revitalização de “encher os olhos” dos portovelhenses. A iniciativa para reconstrução do patrimônio foi do prefeito da capital, com o envolvimento direto da Fundação Cultural de Porto Velho (Funcultural), Superintendência de Patrimônio da União (SPU), Ministério Público Federal, Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela implantação e operação da Hidrelétrica Santo Antônio, que investe cerca de R$ 23 milhões, através de compensação ambiental.

Fonte: Assessoria