Retrospectiva 2019: relembre as principais personalidades que morreram este ano em Rondônia

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2019 está chegando ao fim e, durante os últimos 12 meses, algumas personalidades que marcaram a História de Rondônia se despediram. Relembre as personalidades que partiram neste ano:

Padre Vincenzo Sorce

Padre Vincenzo Sorce morreu aos 74 anos na Itália.  — Foto: Reprodução

Padre Vincenzo Sorce morreu aos 74 anos na Itália. — Foto: Reprodução

Aos 74 anos, o fundador e presidente internacional da Associação Casa Família Rosetta morreu no dia 4 de março, em Serradifalco, região da Sicília, na Itália, país onde nasceu, cresceu e morava. Vincenzo tinha problemas de saúde e faleceu dormindo durante a madrugada após uma crise de hipertensão.

A diretora geral da Associação em Porto Velho, Giuseppina Maria Fulco, disse à época que a morte de Padre Vincenzo é uma perda colossal para quem teve a chance de conhecê-lo e ser ajudado por ele.

“Era um homem de grande cultura, mas também de um coração enorme. Ele dedicou a vida dele a serviço dos pobres. Era um padre diferente. Esse será o legado que vai deixar. É uma enorme perda”, disse Giuseppina, emocionada.

Dom Moacyr Grechi

Dom Moacyr Grechi — Foto: Reprodução

Dom Moacyr Grechi — Foto: Reprodução

Após duas paradas cardíacas, Dom Moacyr Grechi morreu no dia 17 de junho aos 83 anos. A irmã Maria de Fátima Gonçalves, que convivia o arcebispo emérito da Arquidiocese de Porto Velho, explicou que Dom Moacyr reclamava de dores abdominais.

Em julho de 1998, Dom Moacyr Grechi, que era natural de Santa Catarina, foi nomeado arcebispo de Porto Velho. Ele se tornou arcebispo emérito no dia 30 de novembro de 2011.

Foi ordenado padre em 1961, aos 25 anos. Em julho de 1972, Grechi foi indicado bispo prelado no Acre. Na capital Rio Branco, Dom Moacyr apresentou a teologia da libertação para sindicalistas como Chico Mendes e Marina Silva. Além disso, foi apoiador de lutas populares na Amazônia. O corpo de Dom Moacyr foi sepultado na Catedral de Porto Velho.

Professor Abnael Machado de Lima

Professor Abnael Machado de Lima.  — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Professor Abnael Machado de Lima. — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Aos 86 anos, o escritor, memorialista, professor de história e geografia morreu no dia 5 de julho. Segundo a família, Abnael estava internado em um hospital particular de Porto Velho. De acordo com o filho do professor, ele sofria de mielodisplasia – um tipo de câncer em que a medula produz células defeituosas ou sem o amadurecimento suficiente à corrente sanguínea.

Em seus últimos meses de vida, Abnael Machado de Lima recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal de Rondônia (Unir), uma honraria concedida ao professor pela sua atuação relevante como historiador.

Na época, o departamento de história da Unir destacou a defesa do professor ao patrimônio histórico, da cultura regional e da escola pública. O professor também ficou conhecido pelo vasto currículo como educador.

Odacir Soares, ex-senador de Rondônia

Odacir Soares foi senador de Rondônia duas vezes e faleceu no dia 12 de setembro.  — Foto: Reprodução

Odacir Soares foi senador de Rondônia duas vezes e faleceu no dia 12 de setembro. — Foto: Reprodução

Aos 80 anos, o jornalista, advogado e ex-senador de Rondônia morreu no dia 12 de setembro. Silvia Soares, filha de Odacir, informou que ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração, em Brasília, cuidando de uma infecção decorrente de complicações durante o tratamento de um câncer.

Acreano, Odacir Soares Rodrigues nasceu em outubro de 1938. Se formou em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também era jornalista e empresário. Entre 1979 e 1981, foi deputado federal pelo extinto partido ARENA, em Rondônia.

Odacir pousou em terras portovelhenses em julho de 1967. Aos 29 anos, assumiu a direção da antiga Divisão de Segurança e Informações do Território Federal de Rondônia – o que corresponde, atualmente, ao cargo de secretário de Segurança Pública.

Cláudio Batista Feitosa, autor do hino de Porto Velho

Escritor Cláudio Batista Feitosa faleceu aos 86 anos no mesmo dia em que se comemora o aniversário de Porto Velho — Foto: Divulgação/Academia de Letras de Rondônia (ACLER)

Escritor Cláudio Batista Feitosa faleceu aos 86 anos no mesmo dia em que se comemora o aniversário de Porto Velho — Foto: Divulgação/Academia de Letras de Rondônia (ACLER)

O cronista e membro da Academia de Letras de Rondônia (ACLER), Cláudio Batista Feitosa, autor do Hino de Porto Velho, morreu aos 86 anos no dia 2 de outubro, data em que se comemorou os 105 anos da capital.

Nascido em 12 de agosto de 1933, Cláudio Batista Feitosa escreveu artigos, crônicas e os livros “Gente da Gente” e “Camarão Verde”. O hino da capital foi escrito por ele em 1983. A causa da morte não foi divulgada.

Jornalista Euro Tourinho

Euro Tourinho é um dos jornalistas mais antigos do Brasil  — Foto: Pedro Bentes/ Arquivo/G1

Euro Tourinho é um dos jornalistas mais antigos do Brasil — Foto: Pedro Bentes/ Arquivo/G1

Considerado um dos jornalistas em atividade mais antigos do Brasil, Euro Tourinho morreu na noite de 25 de novembro, em Porto Velho, aos 97 anos. Segundo o jornalista Lúcio Albuquerque, Euro, que era seu amigo, estava internado em um hospital particular de Porto Velho, mas não resistiu e faleceu. A causa da morte, conforme um familiar, foi pneumonia.

No total, Euro dedicou 63 anos à profissão de jornalista. Já foi homenageado e serviu de tema para livros, trabalhos acadêmicos e pesquisas históricas. Durante sua trajetória, o jornalista já viajou quatro meses para sair de Mato Grosso até Manaus (AM), trabalhou em seringal e entregou um jornal para o ex-presidente do país Juscelino Kubistchek. Também ficou conhecido por nunca esquecer a máquina de fotografar.

Tourinho foi diretor do extinto Jornal Alto Madeira, que abriu as portas em 1917, em Porto Velho. Ele entrou como repórter e virou diretor anos depois. Assim que voltou para a capital, fez amizade com jornalistas do jornal, que na época integrava o grupo Diários Associados, cujo dono era Assis Chateubriand.

Mestre-Sala Cabeleira

Cabeleira, primeiro Mestre-Sala de Rondônia, morre aos 80 anos — Foto: Arquivo pessoal

Cabeleira, primeiro Mestre-Sala de Rondônia, morre aos 80 anos — Foto: Arquivo pessoal

O Mestre-Sala Antônio Chagas Campo morreu aos 80 anos no dia 2 de dezembro. Ele, que era conhecido popularmente como “Cabeleira”, estava internado em Porto Velho, segundo familiares. A causa da morte não foi informada. O corpo de Cabeleira foi sepultado no dia 3 de dezembro.

Cabeleira foi um dos fundadores da escola de samba mais antiga da capital rondoniense: “Os Diplomatas”, em 1959. Sempre apaixonado por carnaval, Cabeleira também foi o primeiro Mestre-Sala de Rondônia, fazendo sucesso nos desfiles ao lado da Porta-Bandeira Maria Helena.

Segundo publicação do economista Anísio Gorayeb nas redes sociais sobre a morte de Cabeleira, mesmo com 80 anos, o mestre já havia confirmado que faria parte das comemorações de Momo em 2020.

Fonte: G1