Renan Calheiros comanda rebelião do PMDB no Senado

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB­AL), é alvo de oito inquéritos na Lava Jato

DILMA / SUPER SIMPLES A hora da revanche.  Sob o comando de um indignado Renan Calheiros (AL), o PMDB do Senado já articula meios de dar o troco em Dilma Rousseff pela redução de espaço no segundo governo. Uma das possibilidades é ceder ao PSDB a primeira-vice-presidência da Casa, que deverá caber aos peemedebistas, além da presidência, por terem a maior bancada. Além disso, o partido articula a derrubada do esperado veto de Dilma à correção de 6,5% da tabela do Imposto de Renda, aprovada em dezembro.

No pacote de ameaças ao governo, o PMDB também admite ceder à oposição o comando de comissões vitais, como a CAE, de Assuntos Econômicos, ou a CCJ, de Constituição e Justiça.  Na sexta-feira, Renan disse a Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Pepe Vargas (Relações Institucionais) que o PMDB foi reduzido a um “partido de secretarias”, com o comando de Portos, Aviação e Pesca.

O presidente do Senado também disse, diante do vice Michel Temer, que se recusa a submeter uma lista de nomes ao crivo do Planalto para os cargos de segundo escalão nas pastas que couberam ao PMDB.  Sugeriu, ironicamente, que, se o PMDB não pode preencher as vagas com “porteira fechada”, o governo deveria oferecê-las a aliados mais prestigiados, como Gilberto Kassab (Cidades) e Cid Gomes (Educação).

A irritação de Renan é tanta que ele brigou com Jader Barbalho (PA), aliado histórico, que negociou por fora a minúscula pasta da Pesca para seu filho, Helder.

Com informações da Folha de S. Paulo