Um relatório feito pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) classificou o tratamento de água feito em Porto Velho como “inadequado, insuficiente ou inexistente”, pois foi encontrada em várias amostras de água a presença de coliformes fecais (fezes).
A pesquisa foi realizada entre 22 de julho e 6 de agosto à pedido da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). Foram analisadas 61 amostras da água destinada para o consumo humano em três modalidades de abastecimento:
Formas de abastecimento em Porto Velho
Modalidade de abastecimento | Responsável |
Sistema de Abastecimento (SAA) | Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd) |
Soluções Alternativas Coletivas (SAC) | Condomínios |
Soluções Alternativas Individuais (SAI) | População (através de poços) |
Com relação ao abastecimento realizado pela Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd), foram analisadas pelo menos 30 amostras das Estações de Tratamento de Água (ETAs).
O estudo também identificou que as amostras apresentam:
- 60% de pH (grau de acidez ou alcalinidade) abaixo do recomendado
- e 7% estão mais turvas do que o permitido
Como resultado do estudo, a Funasa afirma que há indicação de contaminação fecal e microbiológica na água distribuída em Porto Velho, causando “risco iminente de adoecimento da população”. É indicado que a Caerd tome providências para corrigir as irregularidades, segundo o estudo.
A população também deve ser alertada sobre a necessidade de “tratamento intradomiciliar” no caso de soluções alternativas.
À reportagem, a Caerd informou que o relatório foi feito de forma unilateral, visto que não foram chamados para prestar contas. A concessionária indicou também que vários problemas podem ter “acarretado o resultado apresentado no relatório”, como o rompimento da rede por “terceiros”.
Quanto ao trabalho de tratamento da água, a Caerd diz que preza pela análise feitas nas ETAs e poços tubulares.
Fonte: G1