Reeducandos de Porto Velho concluem cursos profissionalizantes

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Pelo menos 67 reeducandos do Presídio de Médio Porte Aruana concluíram neste mês os cursos de aplicador de revestimento em cerâmica, eletricista, encanador e instalador predial, que teve duração de 200 horas, totalizando aproximadamente dois meses e meio. A ministração dos cursos dentro das unidades prisionais faz parte do projeto de ressocialização feito pelo governo estadual em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

O presídio Aruana tem cunho de reinserção, através da capacitação e trabalho com os reeducandos.

O presídio Aruana tem cunho de reinserção, através da capacitação e trabalho com os reeducandos

Conforme o secretário estadual de Justiça, coronel Marcos Rocha, a parceria com o Senai tem dado certo, proporcionando aos reeducandos atingir o foco principal trabalhado dentro do sistema prisional do Estado de Rondônia, que é a ressocialização. Sobre o curso, o titular da Sejus disse que o importante é que os cumpridores de pena aprendam a respeitar o próximo e saiam do sistema com uma profissão.

Para o diretor da unidade, Cláudio Roberto de Oliveira, o presídio Aruana tem cunho de reinserção, através da capacitação e trabalho com os reeducandos. “Os cursos nos dão respaldo para abrirmos as oficinas, não tem como pegar um reeducando que não tem formação técnica para trabalhar fora da unidade. Os reeducandos precisam ter capacitação técnica para exercer alguma função. Os reeducandos são aproveitados na própria unidade. Todos os cursos que são ministrados através dos nossos parceiros têm bom aproveitamento“, ressaltou.

Segundo a supervisora pedagógica do Senai, Maria Telma, a assiduidade dos reeducandos é quase 100%; a evasão quase não existe. “Conseguimos concluir com êxito nosso trabalho dentro dos presídios, os reeducandos têm boa participação nas aulas e estão aptos a desenvolverem a função”, afirmou.

O professor do Senai, Geraldo Magela, disse que o objetivo principal dos cursos é a ressocialização para que ao sair do sistema eles tenham uma profissão, “porque o homem sem trabalho não tem dignidade. Eles demonstram interesse em mudar de vida e estão de parabéns”, reforçou.

Há mais de um ano dentro do sistema prisional, Alessandro da Silva, disse que o importante é ter conhecimento. A expectativa é sempre aprender mais. “Quanto mais a gente aprende nos aproximamos mais do caminho do bem. A ignorância é o que vai nos fazer errar. O meu objetivo é aprender para conseguir ter alguma profissão quando sair e poder me estruturar. Antes eu não tinha  expectativa de vida, hoje tenho outro pensamento”, garantiu.

Amadeus diz que os cursos oferecidos dentro do sistema prisional é uma oportunidade para quem não teve quando estava fora.

Amadeus, com o secretário Marcos Rocha, diz que os cursos oferecidos são uma oportunidade para quem não teve quando estava fora do sistema prisional

O reeducando Amadeus Marques relata que os cursos oferecidos dentro do sistema prisional são uma oportunidade para quem não teve quando estava fora. “Já fiz vários cursos. Aprendi a fazer bolsas, tapetes, estofados, pufs e sofás. Participo da elaboração de projetos e dou aula para os reeducandos que não são alfabetizados”, acentuou

O reeducando Ivair Ferreira da Silva considera que  o curso chegou em boa hora. “Estava precisando ocupar minha mente,  gosto de participar dos projetos de ressocialização”.

Ivair foi o mentor do projeto de implantação de um lavador de carro na unidade, que funciona com a mão de obra dos próprios reeducandos.

Fonto

Texto: Cíntia Xavier
Fotos: Gaia Quiquiô
Secom – Governo de Rondônia