Racha no PSL fragmentará candidaturas apoiadas pelo governador Marcos Rocha nas eleições do ano que vem

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Jaime Bagatolli vem aí!. O candidato dos 212 mil votos ao Senado, uma das maiores surpresas da última eleição; e que por pouco mais de 30 mil votos não tirou o mandato do duas vezes Governador Confúcio Moura, está sendo cotado para disputar a Prefeitura de Vilhena. Cada vez que o nome dele aparece em qualquer pesquisa (e várias já apareceram na cidade), Bagatolli aparece bem a frente de qualquer outro candidato, incluindo nomes da família Donadon, que dominam a política na cidade há muitos anos.

O atual prefeito Eduardo Japonês, que ganhou uma eleição suplementar (com o apoio de uma das maiores lideranças do Cone Sul, o deputado Luizinho Goebel) está fazendo um bom mandato. Pode concorrer à reeleição.

Mas, ao menos até agora, não se mostrou páreo, nas pesquisas, para o grande empresário do PSL. Aliás, Jaime Bagatolli ainda é do PSL, mesmo depois do rompimento político com o governador Marcos Rocha e o grupo governista. Também está contra o grupo palaciano, outro político que se elegeu no “foguete” Bolsonaro.

O deputado federal Coronel Chrisóstomo é “jaimista”, mas não é “rochista”. Já avisou que se Jaime Bagatolli for candidato em Vilhena, terá todo seu apoio. Mesmo que ele não for o nome apoiado pelo Palácio Rio Madeira/CPA. Racha à vista?

PEDIDOS EXAGERADOS?
Claro que ninguém confirma nada, até porque essas coisas na política, mais à frente, podem se acomodar e tudo o que foi dito agora não será mais lembrado, em nome da boa convivência. O que se sabe é que tanto Jaime Bagatolli quanto Chrísóstomo teriam ido com muita sede ao pote, exigindo uma série de cargos no governo para indicados seus. Bagatolli teria exigido pelo menos duas secretarias de “portaria fechada”, uma delas a da Agricultura, onde comanda seu conterrâneo Evandro Padovani.

Já o deputado federal eleito pela sigla teria exigido tantas nomeações que elas poderiam passar de pelo menos uma centena e meia, embora pelo menos duas fontes das entranhas do governo tenham falado em “mais de 200”.

Claro que esse assunto nunca é tratado publicamente. Os dois lados permitem vazamentos, um dizendo que é real, outro desmentindo, mas ninguém fala abertamente se há alguma verdade ou não. O que se sabe, concretamente, é que duas alas importantes do partido estão tão distantes quanto o Sol da Lua. Será que se reaproximarão?

Autor: Sérgio Pires
Fonte: Coluna Opinião de Primeira