Uma Nota de repúdio dos trabalhadores do Pronto Socorro Estadual João Paulo II, o único hospital público de emergência da capital rondoniense, denuncia perseguições a profissionais por parte do Secretário Estadual de Educação Fernando Máximo. A principal denúncia é a de que mais uma vez o referido secretário, remove funcionários experientes, num momento de grave crise na saúde pública com a pandemia do Covid 19. Os trabalhadores do João Paulo II afirmam que o Secretário Fernando Máximo remove sumariamente trabalhadores, sob a alegação de que os transferidos irão combater o Covid 19 em outras unidades.
A Nota de repúdio aponta como exemplo, além das transferências de “servidores da sala de emergência” e de outros setores, denuncia o caso específico do Enfermeiro Josué Sicsú, que de forma sumária foi transferido da Unidade onde desempenhou suas funções há 16 anos e que por levantar argumentos contrários a ação irresponsável dos atuais gestores da saúde em Rondônia.
Afirmam ainda que “A atitude da atual gestão é totalmente arbitrária” e que “Não nos esqueçamos que as remoções não podem encobrir vícios à impessoalidade (perseguições ou privilégios), nem à finalidade (atendendo-se interesse particular em vez de atender o interesse público”.
O Secretário já havia sido denunciado por perseguição ao transferir o Médico Vinícius Ortigosa Nogueira, por este ter manifestado de forma crítica as medidas ineficientes adotadas pelo secretário contra a pandemia do Covid 19.
O secretário Fernando Máximo transferiu o único médico emergencista titulado de Rondônia, da única unidade de emergência que atende todo o Estado.
Os profissionais de saúde denunciam ainda que o Secretário Fernando Máximo, além de encobrir a precariedade do atendimento no Pronto Socorro João Paulo II, também “entrega o hospital a uma nova gestão, que nada sabe sobre os problemas existentes no hospital”.
Os trabalhadores concluem a nota de repúdio conclamando o respeito à população rondoniense e aos profissionais da saúde, afirmando que não se calarão e nem se intimidarão.
O site Mais RO aguarda posição do secretário de Saúde.
Fonte: Movimento Classista em Defesa da Saúde do Povo – MOCLASPO