Presidente da CDHM pede providências sobre assassinatos no Paraná

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Paulo Pimenta quer providências urgentes

 

Paulo Pimenta quer providências urgentes
Paulo Pimenta quer providências urgentes

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias recebeu do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra notícia de que camponeses do acampamento Dom Tomás Balduíno, no município de Quedas do Iguaçu (PR), teriam sido abordados por jagunços e por Policiais Militares. Teriam ocorrido tiros. A informação é de que há várias pessoas feridas e várias desaparecidas. Há dois camponeses mortos, além de outros seis possíveis óbitos. Todas as vítimas fatais seriam sem-terra. O conflito teria ocorrido dentro de área decretada como de propriedade da União.

De acordo com testemunhas, na tarde de hoje, 07/04, o grupo de disciplinas do acampamento, foi fazer ronda na área, como de costume, quando foram abordados por jagunços, seguranças da Araupel e policiais. “Houve tiros, e vários companheiros estão feridos, inclusive pessoas que faleceram no local. Os contatos lá estão inativos”, relatou a testemunha.


A versão da Secretaria de Segurança Pública é a de que o confronto foi resultante de uma emboscada provocada pelos sem-terra. Entretanto, segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Paulo Pimenta (PT/RS), a “ideia de uma emboscada provocada por pessoas em franca situação de fragilidade em relação àqueles que seriam seus opositores não é verossímil”. De acordo com ele, não seria a primeira vez em que a Polícia Militar do Paraná estaria comprometida em graves episódios de violação de direitos humanos no estado. No ano passado o Deputado Federal esteve no estado por conta do ataque da PM a professores.


Segundo integrantes do MST, a área está cercada. Ninguém pode sair ou entrar – os policiais inclusive apontariam armas a quem tenta passar – o que, para Pimenta, levanta suspeita sobre se a cena do crime permanecerá inalterada.
Pimenta pediu que o Governador do Paraná, Beto Richa, determine as providências urgentes a fim de assegurar o socorro às vítimas e as perícias criminais, para que os responsáveis pelas mortes sejam devidamente investigados. Pimenta lembrou que os “autos de resistência” não vigoram mais no Brasil e que o Estado brasileiro já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por conta de assassinato de trabalhador rural sem-terra no Paraná.