Prefeita de Seringueiras recebe Claudia Moura e defende maior representatividade feminina em Brasília

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“As mulheres precisam cada vez mais se engajar na política, pois falta muita representação feminina no poder público para que [a população] não seja atendida somente pelos homens”. A afirmação é da prefeita de Seringueiras Eleonilde Garda, durante vista da jornalista e professora universitária Claudia Moura àquela cidade no final de semana.

Eleonilde argumentou que não se trata de ser contra o homem, mas a mulher precisa ter sua representatividade proporcional à população feminina. “A mulher é aguerrida, tem um olhar diferente na política, nas questões sociais, por exemplo. Uma vez eleita, ela passa a colocar um pouco de suas atribuições de mãe, de dona de casa a serviço da política e todos só têm a ganhar com estas ações. Principalmente com as bandeiras que a Cláudia defende, todas voltadas para a inclusão social e socioambiental, destacou a prefeita Eleonilde.

A prefeita ressaltou a importância de Claudia Moura seguir com o projeto da pré-candidatura, participar das convenções e, realmente colocar seu nome à disposição da sociedade, para que esta tenha uma opção verdadeira de inovação e renovação no quadro político em Brasília.

Eleonilde aproveitou a visita de Claudia para elencar à pré-candidata algumas demandas que podem ser incorporadas nas ações sociais para a localidade. Nesse contexto de ações sociais a prefeita se disse preocupada principalmente com os jovens.

“Falta trabalho para nossa juventude, especialmente no comércio que toca nossa economia na área urbana. Os jovens trabalham na área agrícola, porém, precisa de um acompanhamento todo especial de adultos para que esses jovens sejam estimulados a permanecerem no ramo de atividade de seus pais”, frisou.

Cláudia concorda com a prefeita na questão do incentivo da permanência dos jovens da área rural. “O comércio local, tanto de Seringueiras como de outras cidades, não consegue absorver toda essa mão de obra na cidade. Por isso, é necessário que haja uma política inclusiva que beneficie os agricultores da região para que aqueles que estão entrando no mercado de trabalho sintam vontade de permanecer ajudando seus pais na agricultura e tenham nessa atividade a geração de renda tão necessária”, enfatiza.

Mulheres na Câmara Federal são menos de 10%, diz estudo

A Câmara dos Deputados é composta por 513 parlamentares, e destes apenas 9,9% são mulheres.O aumento do número de representantes mulheres entre as eleições de 2010 e 2014 foi de apenas seis deputadas, ou seja, de 13,3%. Hoje são apenas 50 deputadas, um número muito baixo se comparado à população feminina no Brasil, superior à dos homens, segundo o IBGE.

No Senado Federal, composto por 81 cadeiras, apenas 12 delas, 13% do total, são ocupadas por mulheres. Se considerarmos no geral, as duas casas legislativas somam 594 parlamentares, entre os quais apenas 63 são mulheres, pouco mais de 10, 6%.

Mas a situação já foi pior: na Constituinte de 1988 apenas 26 mulheres participaram da elaboração da nossa atual Carta Magna. Se comparados aos 190 países do mundo, estamos em 116º lugar em representatividade feminina no parlamento.

Mas o interessante é que, em número de eleitores no país, as mulheres são maioria, quase 12% a mais do que homens. Nas próximas eleições 77,46 milhões de mulheres vão às urnas, enquanto 68,25 milhões serão eleitores do sexo masculino. Portanto, são 9,21 milhões a mais de mulheres.

Fonte: Valdir Alves