“Porta-voz da tragédia”, infância e fim da reforma: candidatos atacam adversários em debate

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Por Clara Sasse

Os candidatos à presidência da República discutiram, nesta quinta-feira (20), propostas de reforma política. Pela primeira vez, um representante do PT compareceu para discutir projetos de governo em rede nacional.

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Entre os temas que foram mais citados pelos presidenciáveis, está a reforma trabalhista, a saúde pública e a governabilidade do próximo presidente. O debate foi promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP).

O candidato do PSOL ao Planalto, Guilherme Boulos, reafirmou a necessidade de incluir a população nas decisões do governo, principalmente através de plebiscitos. Com críticas à terceirização, Boulos voltou pedir a revogação da reforma trabalhista.

“Nós queremos acabar com qualquer tipo de financiamento privado de campanha eleitoral. Essa é uma primeira medida necessária. A segunda é trazer o povo para participar do centro das decisões. O Brasil é muito maior do que a Praça dos Três Poderes”, afirmou.

Na área da saúde, Marina Silva, da Rede, apresentou proposta para facilitar a compra de remédios de alto custo. Segundo ela, o objetivo é quebrar as patentes de fabricações internacionais para que os medicamentos sejam criados no Brasil e comercializados com preço mais baixo.

“Nós lançamos, recentemente, o plano Vida Digna. No plano, nós tratamos de três questões essenciais: o atendimento à infância e à educação, a saúde das pessoas para que a gente possa resolver um problema dessa magnitude e o cuidado com a primeira infância”, explicou.

Álvaro Dias, do Podemos, fez críticas ao adversário Fernando Haddad (PT) e aos outros governos petistas. O ex-governador do Paraná justificou o fato de ter mudado sete vezes de partido porque prefere mudar de sigla a confrontar seus princípios.

“Primeiramente, Haddad, dizer que você vem para essa campanha como o porta-voz da tragédia. O representante do caos. O PT se transformou na filosofia do fracasso, na cresça à ignorância, o arauto da ignorância. E se especializou em distribuir a pobreza para todos e a riqueza para alguns de seus líderes”, destacou.

Estavam presentes também Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não participou, pois segue internado em São Paulo após sofrer um atentado há duas semanas.

O próximo debate entre os presidenciáveis será realizado pelo SBT, em parceria com o UOL e a Folha de S. Paulo, em 26 de setembro.