PM de Rondônia espanca e prende trabalhadores sem-terra

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Neste último dia 25 de novembro, policiais militares atacaram um acampamento sem-terra em Rondônia com extrema violência no município de Candeias do Jamari. Os sem-terra do acampamento Boa Sorte foram surpreendidos com ação da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Militar com apreensão de materiais de trabalho, como fações, motosserra e enxadas, com violência e balas de borracha.

Os policiais chegaram em mais de 20 agentes munidos de balas de borracha, gás lacrimogêneo e cassetetes, espancado quem estivesse na frente, inclusive em mães com crianças de colo. A ação também foi feita para desarmar as famílias do acampamento, pois estavam procura do armas, facas e outros objetos que poderiam ser utilizados para as famílias se defenderem diante da violência da polícia e dos latifundiários. Uma mulher foi atingida com um soco no rosto desferido pelo policial militar.

As famílias já haviam sido despejados no dia 14 de novembro e foram deslocadas para o ginásio de esportes do município, onde ficaram por dez dias. Conseguiram um acordo com um fazendeiro da região que permitiu que só sem-terra pudessem ficar acampados em sua Fazenda, próxima ao antigo acampamento para que pudessem produzir e sobreviver até que a situação das famílias fossem resolvidas. Mas a situação é tão crítica que mesmo com o acordo com o fazendeiros, policiais e pistoleiros atacaram o novo acampamento. E o fazendeiro foi ameaçado pôr permitir que os acampados ficassem em sua Fazenda.

O resultado dessa ação violenta foram vários feridos, terror entre as famílias e 10 sem-terra presos pelos policiais.
Nesse caso fica clara a intenção dos latifundiários e policiais de desarmarem os trabalhadores sem-terra para intimidar e preparar um novo massacre. A situação das famílias é de vulnerabilidade diante da violência e correm risco de novos ataques e mortes.

A polícia é o cão de guarda dos latifundiários e servem para intimidar e impedir a luta pela terra. No caso de Rondônia essa situação é ainda mais evidente, com a atuação de verdadeiros esquadrões da morte formados por policiais militares e civil e apoio do alto comando das forças policiais e do Estado.