PEIXE – Produção de peixe em Rondônia é expandida com apoio do governo na organização do sistema produtivo e comercialização

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Trabalhadores transferindo peixes para outro tanque.

Para desenvolver a cadeia produtiva da aquicultura e pesca o governo do estado focou em 2017 nas ações de organização do sistema produtivo; de controle das doenças parasitárias; e na inspeção dos produtos e comercialização para levar o peixe de Rondônia aos mercados de todo o país. O resultado desse trabalho colocou Rondônia em 1º lugar na criação de peixes nativos do Brasil, com uma produção de aproximadamente 94 mil toneladas de pescado em 2017.

O peixe de Rondônia está abastecendo os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Distrito Federal, Pará, Maranhão, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Para tratar da sanidade do peixe produzido na região, o governo realizou três seminários, denominado Peixe saudável, nas cidades de Ariquemes, Ji-Paraná e Pimenta Bueno, sendo capacitados mais de 600 piscicultores. “Essa ação foi de suma importância para o setor e contou com o apoio financeiro da Superintendência de Desenvolvimento [Sedi]”, destacou a técnica Ilce Santos, bióloga especialista em piscicultura.

Outra iniciativa realizada para beneficiar o setor, segundo ela, foi da Agência de Defesa Agrosilvopastoril (Idaron), com a consolidação da GTA (Guia de Transporte Animal) eletrônica, uma ferramenta que possibilita o piscicultor retirar a guia pela internet qualquer dia e hora sem precisar ir aos escritórios da Idaron.

Ilce Santos destaca as ações do governo no setor de piscicultura

 

Para movimentar o setor de pesca foram três grandes eventos organizados em 2017, sendo a Exposição de Piscicultura do Vale do Jamari (Expovale), em Ariquemes que contou com palestras sobre as novas técnicas de manejo da piscicultura. O evento contou com a participação de empresários de dentro e fora do estado que levaram produtos e equipamentos utilizados na piscicultura para serem comercializados;

A Rondônia Rural Show, na cidade de Ji-Paraná, contou com estande para capacitação de piscicultores em novas tecnologias. Foram três salas interligadas que mostraram as melhores práticas sobre criação de peixe em cativeiro, seja em tanques escavados ou lona; e a 1ª Feira Nacional de Peixe da Amazônia (Fenapam) em Ji-Paraná que reuniu produtores, comerciantes e expositores em torno de uma programação que incluiu palestras com especialistas e um show de gastronomia exclusivo com peixes da Amazônia.

“O resultado desse trabalho foi piscicultores capacitados, fortalecimento da cadeia produtiva do peixe com novas técnicas e tecnologias de manejo, a comercialização de produtos e serviços que vem contribuir com o desenvolvimento da piscicultura”, ressaltou Ilce Santos, da Sedi.

As rodadas de negócios do tambaqui é uma ferramenta que o governo utiliza para conquistar novos mercados para os produtores de peixe da região. No ano passado,  foram duas rodadas de negócios com uma comercialização em torno de R$ 30 milhões entre piscicultores de Rondônia e empresários do ramo da industrialização de pescado de 16 estados brasileiros.

A bióloga Ilce Santos falou também do fortalecimento do Grupo de Trabalho da Piscicultura de Rondônia, do qual ela faz parte por meio da Sedi juntamente com os representantes da Emater, Seagri, Idaron e Sedam. Criado através de decreto, o grupo é responsável pela execução das ações de piscicultura do estado, sendo formado por: biólogos, agrônomo, veterinário, engenheiro de pesca e oceanógrafo.

Para este ano, ela adiantou que o governo começa com a execução de um projeto de elaboração de protocolos sanitários e genéticos para laboratório de produção de alevinos, com aquisição de laboratórios móveis para dar suporte aos piscicultores direto nas propriedades. Com esse laboratório móvel será possível fazer análise de água e da sanidade do peixe.

Outros benefícios para o setor são o monitoramento da piscicultura via satélite; a ampliação do laboratório de piscicultura da Universidade Federal de Rondônia, campus Presidente Médici; a capacitação de técnicas em manejo e missões empresariais que levam o piscicultor para visitar projetos inovadores em vários estados do Brasil; e ainda, duas rodadas de negociação “Tambaqui de Rondônia” para ampliar o mercado do peixe produzido no estado.  “Estamos consolidados como a grande fronteira do agronegócio do estado”, assegurou a bióloga da Sedi.

Ela acrescentou que nas rodadas de negócios que serão promovidas este ano o governo vai trazer especialistas representantes de novas indústrias para ampliar ainda mais o mercado de peixe, as feiras tecnológicas e as palestras voltadas ao setor com foco na organização e o fortalecimento das associações e cooperativas para garantir a representatividade do setor nas reivindicações de políticas públicas, do desenvolvimento do setor e a qualidade da produção e mercado.

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Fonte
Texto: Marilza Rocha
Fotos: Marcelo Gladson e Ésio Mendes
Secom – Governo de Rondônia