Pedidos de prisão de Renan, Jucá e Sarney podem anular impeachment

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BRA_OG-720x340A verdade aos poucos vem se restabelecendo e a justiça sendo feita. O impeachment de Dilma foi instituído para atrapalhar ou calar a Operação Lava Jato. Em conversa gravada, o senador Romero Jucá disse que a única saída para estancar a Lava Jato seria pedir o impeachment de Dilma. O pedido de prisões é uma bomba que vai repercutir hoje no Senado Federal e pode até anular o impeachment de Dilma. Com a prisão de Renan, o senador Jorge Viana, do PT, assumirá a Presidência do Senado Federal e  anular o processo de impeachment.

Manchete de o Globo:

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal as prisões do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR). A informação é de um interlocutor de ministros do STF. Renan, Sarney e Jucá foram flagrados tramando contra a Operação Lava-Jato em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Os pedidos de prisão já estão com o ministro Teori Zavascki, do STF, há pelo menos uma semana.
Janot também pediu o afastamento de Renan da presidência do Senado, usando argumentos similares aos empregados no pedido de destituição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara e do mandato de deputado federal, o que acabou sendo atendido pelo STF.
Os indícios de conspiração, captados nas gravações e reforçados pelas delações de Sérgio Machado e de seu filho Expedito Machado, são considerados por investigadores mais graves que as provas que levaram Delcídio Amaral à prisão, em novembro do ano passado, e à perda do mandato, em maio. De acordo com a fonte, Delcídio tentou manipular uma delação, a do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, enquanto Renan, Sarney e Jucá planejavam derrubar toda a Lava-Jato.
Para essa pessoa com acesso às investigações, não há dúvida de que, se a trama não fosse documentada pelas gravações de Sérgio Machado, a legislação seria modificada de acordo com o interesse dos investigados. Renan, Jucá e Sarney estão entre os políticos mais influentes do Congresso. Sarney, mesmo sem mandato, controla bancadas na Câmara e no Senado. Ele teria tido, inclusive, papel decisivo no processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Jucá, logo depois que Michel Temer assumiu interinamente a presidência da República, foi alçado ao cargo de ministro do Planejamento, mas caiu após a divulgação das escutas.

O ministro Teori Zavascki não pode, como ocorreu no caso de Cunha, esticar por meses uma decisão tão séria, que muda todos os rumos da república.

Não pode, como fez no caso de Cunha, deixar que uma presidente eleita pelo voto popular tenha seu afastamento definitivo decidido por um Senado debaixo de tamanhas suspeitas.

Diante de sua própria degola, que justiça pode haver em cortarem a cabeça de uma mulher eleita, na esperança de que se livrem da própria condenação.

Não há sigilo de Justiça que possa tornar legítimo esconder do povo brasileiro o que está havendo.

Fazer segredo de algo tão grave, na situação do que o país vive, é tornar-se cúmplice de uma conspiração.

Com informações de O Globo e Tijolaço