Pânico no Planalto: Rosângela Moro tem sensação de estar presa

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Brasília- “Sensação de estar presa é estarrecedora. Não façamos nada de errado. Basta seguir o conselho de nossos pais… tem que ser em segredo? Ninguém pode ouvir? Está errado! Não faça!”. Essa foi a mensagem que Rosângela Moro, esposa do ministro Sérgio Moro postou ontem às 22hs no Instagram. O procurador Deltan Dallagnol foi uma das 16 mil pessoas que curtiram a postagem.

Internautas reagiram com indagações. Uns cravando que Rosângela Moro teme ser presa, pois foi citada pelo advogado Tacla Duran por ter recebido R$ 5 milhões para “aliviar” a sentença.

Sérgio Brestas postou:Separação ou saída do governo: Rosângela Moro publica frase enigmática no Instagram”

Essa paranoia expressada por Rosângela Moro não é nada mais, nada menos o que está ocorrendo no Palácio do Planalto. O pânico tomou conta de todos. A sensação de que o governo está caindo é visível. O cargo de Jair Bolsonaro está seguro por uma frase mal proferia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele detém na gaveta o futuro do presidente: dezenas de pedidos de impeachment. Neste momento, Maia é a última pessoa que Bolsonaro poderá se indispor.

Por outro lado, no Rio de Janeiro, a batata de Bolsonaro está esquentando. Ele está brigando com ninguém nada mais nada menos que o governador Wilson Witzel (PSC), eleito na onda Bolsonaro, mas que pretende ocupar o Palácio do Planalto em 2022 vindouro. Ontem o presidente disse que a vida dele se transformou num inferno, “após a eleição de Witzel”.

A última aparição de Carlos Bolsonaro foi no colo da mãe Rogéria Bolsonaro

O Caso Marielle está tirando o sono do clã Bolsonaro. O principal suspeito de ser o mandante, Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) sumiu das redes sociais, mas apareceu no Instagram no colo da mãe Rogéria Bolsonaro. Carlos não foi à convenção do Aliança, partido criado pelo pai. Dizem que ele está no exterior. O medo ronda os Bolsonaros.

Bolsonaro está com medo

Um dia antes, o jornalista Moisés Mendes, de Porto Alegre, postou este artigo no Brasil 247, que mostra o clima de medo no Planalto Central: “Bolsonaro e os três filhos formam a família mais poderosa e mais atormentada do Brasil. A mais acossada desde o Império. Bolsonaro simula que manda em quem quiser mandar, mas desconfia do porteiro do condomínio e dos arquivos do major Olímpio, do delegado Waldir, de Bebianno e de Joice Hasselmann.
Os filhos de Bolsonaro desconfiam de todos que dizem confiar neles. Não há filhos mais assombrados por sombras e medos do que os três filhos de Bolsonaro.

Temem traições entre os milicianos. Desconfiam do Queiroz, dos parentes do Queiroz, dos laranjas insatisfeitos com a partilha das rachadinhas, dos robôs das fake news.

Os Bolsonaros desconfiam do vice Hamilton Mourão. Não podem confiar em Rodrigo Maia. Bolsonaro abandonou o próprio partido por desconfiar dos gestores do cofre. E desconfia de Witzel.

Tudo do entorno dos Bolsonaros gera desconfiança. Bolsonaro sempre soube que os grandes empresários não confiam nele, muito menos os banqueiros. Os investidores estrangeiros sabem que ele não sabe de nada.

A família Bolsonaro não dorme em paz, como as famiglias da Sicília. Os Bolsonaros não sabem mais quem são seus inimigos, porque não sabem há muito tempo quem são seus amigos.

Desde aquela noite em que Bolsonaro comemorou a vitória gritando que eliminaria os marginais vermelhos na ponta da praia, a maldição abateu-se sobre o pai e os filhos.

ão são mais os velhos adversários que os Bolsonaros precisam abater. Desde aquele momento, desde a comemoração com o alerta aos inimigos, que os amigos dos Bolsonaros são suas verdadeiras ameaças.

Os Bolsonaros nunca temeram tanto os inimigos que o pai ameaçou matar quanto temem os ex-amigos. Temem os acordos não cumpridos com os coronéis do Congresso e os parceiros do Judiciário.

Temem a memória e a alma de Marielle Franco e os rastros deixados pelos seus assassinos. Temem a presença de Sergio Moro, mesmo que o ex-juiz e Bolsonaro precisem sobreviver abraçados, até o dia em que um deles será obrigado a dar o bote. Pela frente mesmo, porque já é um bote esperado.
Os Bolsonaros não confiam em Trump, nem em Paulo Guedes, porque Guedes fala como candidato e quer ocupar o lugar do chefe no coração do empresariado e dos golpistas.

O governo já demitiu seis generais, porque Bolsonaro não acredita na fidelidade deles. Ele, os filhos e seus subalternos fiéis tentam cuidar de cada movimento dos 2.500 oficiais empregados no governo.

Os Bolsonaros não confiam nos bispos neopentecostais e não podem confiar em ninguém da direita, dentro ou fora dos templos, porque a direita abandona seus perdedores, como abandonou Collor, Aécio, Serra, Eduardo Cunha.
Os Bolsonaros só confiam em Olavo de Carvalho, mas esse não tem poder real, não tem quartéis e nem votos. Olavo de Carvalho é o rasputin dos Bolsonaros, só tem a poção da Terra plana.

Mas os Bolsonaros ainda não estão diante de todos os seus medos. Um dia, daqui a pouco, eles poderão temer os próprios Bolsonaros, quando uns terão medo dos outros, e aí talvez já nem estejam mais no poder”.

Por Mais RO