Os esquemas de Hunter Biden

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Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente e atual candidato à presidência, Joe Biden, nos últimos anos se envolveu em constantes escândalos.  Todos eles, de alguma forma, com o suporte de seu pai. Dentre os principais esquemas envolvendo Hunter estão os da Rússia, China e Ucrânia.

No esquema envolvendo a Rússia, o Comitê de investigação do Senado americano identificou que, em 2014, a empresária russa Yelena Baturina, esposa do ex-prefeito de Moscou Yury Luzhkov, e mulher mais rica da Rússia, transferiu, ao longo de alguns anos, a quantia de US$ 3,5 milhões para uma empresa de investimentos ligada ao filho de Joe. Entretanto, o relatória do Senado não diz o quanto desse montante foi para o Hunter Biden.

O  que é surpreendente, ainda, é que no mesmo relatório diz que Hunter enviou milhões de dólares para pessoas que possivelmente estão envolvidas na “indústria do sexo”. “Os registros também observam que algumas dessas transações estão ligadas ao que parece ser uma rede de prostituição ou tráfico de seres humano no leste europeu”, diz o relatório.

Quando o Barack Obama se tornou presidente em 2009, delegou a Joe Biden a política externa com relação a dois países, a China e a Ucrânia. Joe era o grande articulador do Obama nesses dois países.

No mesmo ano, Hunter Biden fundou duas empresas: a Rosemont Seneca, empresa de investimentos e consultorias, e a Eudora Global, empresa de capital de risco. A Rosement chegou a possuir registro na China, criando outro fundo chamado BHR Partners, que, por sua vez, é controlado pelo Bank of China.

Esse fundo que Hunter Biden criou foi com o objetivo de injetar capital na Sinopac, uma empresa de óleo e gás, chinesa, que por sua parte, é a maior refinadora de petróleo e gás do mundo. Levantaram, ainda, US$ 1,7 bilhão para injetar nessa empresa através de um fundo do Bank of China.

Hunter Biden ficou na BHR até 2019, quando o Trump começou a denunciá-lo. Além disso, Hunter agiu como lobista, intermediando a venda de uma refinaria de gás natural na Louisiana para o bilionário chinês Ye Jianming, presidente do conglomerado CEFC China Energy. Hunter estava recebendo do bilionário chinês, que foi acusado de corrupção, uma taxa anual de US$ 10 milhões, durante a vice-presidência de seu pai.

O Ye Jianming foi condenado por um tribunal federal americano em 2018 por sete acusações de suborno e lavagem de dinheiro, justamente por pagar propina para conseguir comprar uma refinaria de petróleo.

Em 2014, durante a revolução ucraniana, Hunter Biden é chamado, mesmo sem experiência, para a empresa Burisma, a maior produtora de gás natural da Ucrânia, para trabalhar no conselho de administração, ganhando US$ 50 mil dólares por mês. Em um certo momento apareceu um promotor ucraniano chamado Viktor Shokin, que começou a investigar a empresa Burisma por corrupção. Há, dessa forma, um conflito de interesses: Joe Biden é o responsável por lidar com a política externa na Ucrânia, o país passa por um momento de caos revolucionário e o filho está no conselho administrativo de uma importante empresa, que é investigada por corrupção.

Em maio de 2014, um parlamentar americano vazou um áudio para o advogado de Donald Trump, Rudolph Giuliani. O áudio era uma conversa entre Joe Biden e o então presidente da Ucrânia – quem gravou o áudio – Petro Poroshenko.

Durante a gravação, Joe dá um ultimato ao presidente ucraniano, que estava precisando de auxílio monetário, dizendo que só pagaria os US$ 2 bilhões se ele demitisse o promotor que estava investigando seu filho, Hunter Biden. Poroshenko diz que Joe não tem esse poder, como vice-presidente, mas Joe Biden afirmou que possui, sim, e sugeriu que ligasse para Obama, para averiguar se não estaria alinhado com Joe.

O então vice-presidente dos EUA, Joe Biden, dobrou os interesses de seu próprio país para poder atender um problema da empresa em que seu filho trabalhava. O curioso é que diversas vezes, até os dias atuais, Joe Biden afirmou que nunca tinha sequer falado sobre os negócios do filho com ele e que não conhecia ninguém da Burisma, que é a empresa na qual o filho trabalhava.

Diante desse cenário, pode-se tirar algumas conclusões: sujeitar a política externa do país aos interesses que não sejam interesses nacionais, configura crime de traição; e Hunter Biden aparentemente não consegue caminhar sozinho, sem o constante auxílio do seu pai, Joe Biden.

Fonte: Terça Livre