Operação Reciclagem: veja quem são os prefeitos presos em Rondônia

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Quatro prefeitos foram presos preventivamente na manhã desta sexta-feira (25) em Rondônia durante a Operação Reciclagem da Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO), que investigam crimes contra a administração pública.

Os chefes do executivo municipal foram denunciados por um empresário que informou às autoridades sobre esquemas de propina envolvendo as prefeituras de São Francisco do Guaporé, Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná.

Veja quem são os prefeitos presos:

Gislaine Clemente, conhecida como Lebrinha (PMDB)

Gislaine Lebrinha, prefeita de São Francisco do Guaporé (RO) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Gislaine Lebrinha, prefeita de São Francisco do Guaporé (RO) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Prefeita de São Francisco do Guaporé, nasceu em Nova Odessa (SP) em 16 de julho de 1981. Ela é filha do deputado estadual Lebrão.

Gislaine foi reeleita em 2 de outubro de 2016, empossada no cargo em 1º de janeiro de 2017. Ela também é presidente da Associação Rondoniense de Municípios (Arom).

A Arom diz que foi surpreendida com a prisão na manhã desta sexta-feira (25), e que ainda não tem conhecimento dos fatos.

Glaucione Maria Rodrigues (MDB)

Glaucione Maria Rodrigues Neri, prefeita de Cacoal (RO) — Foto: Prefeitura de Cacoal/Reprodução

Glaucione Maria Rodrigues Neri, prefeita de Cacoal (RO) — Foto: Prefeitura de Cacoal/Reprodução

Prefeita de Cacoal, Glaucione Maria Rodrigues Neri (MDB), é natural da cidade de Baixo Guandú (ES), nasceu em 3 de julho de 1968. Casada com o ex-deputado estadual Daniel Neri, que também foi preso na Operação Reciclagem.

Ela possui formação em letras e direito, pós-graduação em administração hospitalar e gerenciamento de unidade básica de saúde.

A vida pública começou em 1994 como secretária municipal de saúde em Cacoal, ocupou o cargo até 2002. No ano seguinte foi eleita vereadora pela cidade e em 2010 deputada estadual, onde cumpriu dois mandados. Até ser eleita prefeita.

Luiz Ademir Schock, conhecido como Luizão do Trento (PSDB)

Luiz Ademir Schock, conhecido como Luizão do Trento, prefeito de Rolim de Moura (RO) — Foto: Reprodução/Redes sociais

Luiz Ademir Schock, conhecido como Luizão do Trento, prefeito de Rolim de Moura (RO) — Foto: Reprodução/Redes sociais

Prefeito de Rolim de Moura, Luiz Ademir Schock, conhecido como Luizão do Trento (PSDB). Nasceu em 26 de agosto de 1960 em Porto Lucena (RS).

Luizão já teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral em maio de 2020 ao ser acusado de arrecadação e gastos ilícitos durante a campanha eleitoral de 2016. Entretanto Schock entrou com uma ação cautelar para que houvesse a suspensão da cassação. A decisão foi parcialmente favorável ao chefe do executivo municipal. E excepcionalmente tomada em razão da pandemia do novo coronavírus, pois foi considerada uma “situação de anormalidade na saúde pública”.

Antes disso, em 2018, ele chegou a ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO), mas recorreu da decisão em Brasília (DF) e conseguiu permanecer à frente da prefeitura de Rolim de Moura.

Marcito Aparecido Pinto (PDT)

Marcito Pinto, prefeito de Ji-Paraná (RO) — Foto: Prefeitura de Ji-Paraná/Divulgação

Marcito Pinto, prefeito de Ji-Paraná (RO) — Foto: Prefeitura de Ji-Paraná/Divulgação

Prefeito de Ji-Paraná, Marcito Aparecido Pinto (PDT), nasceu em Cascavel (PR) em 25 de agosto de 1974. Cursou Engenharia da Computação em Curitiba (PR).

Atuou como empresário do ramo de alimentos. Foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Ji-Paraná e presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia (Facer). E acumula também as funções na pasta da Secretaria Municipal de Planejamento.

Operação reciclagem

Segundo a PF, a investigação começou em dezembro de 2019. A denúncia partiu de um empresário que prestava serviços às prefeituras.

Uma das prefeituras teria condicionado o pagamento de uma dívida com um prestador de serviço ao repasse de propina. Foi esse empresário que decidiu denunciar a fraude e delatou mais três municípios que, segundo ele, adotavam a mesma prática de corrupção.

A PF diz que imagens de câmeras provaram que os investigados recebiam milhares de reais em dinheiro.

Além dos mandados de prisão, foi determinado o afastamento das funções públicas dos envolvidos e o bloqueio de ativos que ultrapassam R$ 1,5 milhão, valor que, em tese, teria recebido de forma ilícita.

À Rede Amazônica, os advogados dos prefeito de Ji-Paraná e São Francisco do Guaporé informaram que não vão se posicionar sobre a operação. O G1 tentou contato com os demais investigados, mas não obteve retorno até a última atualização dessa reportagem.

Fonte: G1