O BRASIL NO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL DE DAVOS

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 Por Alôncio de Oliveira (*)
Acostumados a imponente participação do Brasil nos governos progressistas, sobretudo, nos governos Lula, cujos discursos robustos e vibrantes ofuscaram os maiores lideres mundiais, a imprensa internacional, os investidores estrangeiros e o mundo dos negócios do globo terrestre estão estupefatos, desnorteados e mesmo aflitos com o espetáculo patético proporcionado por Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil e seus mais destacados assessores, tendo à frente Sérgio Moro, Paulo Guedes e alguns generais.
Essa equipe, que representa o Brasil no maior Fórum Político, Econômico e Social do universo, em Davos, na Suíça, vem proporcionado ao País e aos brasileiros o maior vexame e vergonha, jamais imaginável. Na verdade, o espetáculo deprimente dessa trupe mostra aos olhos do mundo, por meio deste evento de magnitude gigantesca, um total despreparo, falta de sintonia, ausência de propostas para á nação, enfim, uma desorganização generalizada da equipe, que assusta os mais bem intencionados dos investidores que certamente poderiam em futuros investimentos impulsionar muito a fragilizada economia de nosso País.
Triste e envergonhado, como brasileiro, jamais gostaria de presenciar espetáculo tão bizarro, ridículo e estapafúrdio, como esses que pessoas que se dizem patriotas estão a nos causar. Diante disto, não há como não fazer um comparativo, fazendo uma viagem nostálgica, recordando da época em que o Brasil era tratado como estrela e principal protagonista do evento.
Muito embora as pessoas confundam muito o saber formal e acadêmico com inteligência e intelectualidade, penso que o Presidente Lula, como governante maior de nosso País, quebrou esse paradigma. Neste sentido, vale a pena lembrar alguns episódios marcantes desse grande líder mundial. Recordo que antes de Lula ser eleito, ele esteve várias vezes aqui no Amazonas.
Certa vez, após evento no Parque do Mindú, ele teria que fazer também uma palestra para um grupo de empresários do Amazonas, em sua maioria ligados ao PIM-Polo Industrial de Manaus. Uma platéia seleta, que levada pelo preconceito levantado, lhe era totalmente hostil. Ao lhe informarem isto Lula não se abalou um mínimo, ao contrário, se entusiasmou ainda mais. Todavia, ainda que contasse em sua equipe com assessores competentes e reconhecidos até internacionalmente no campo da economia, como Paul Singer, ele fez questão de conversar “pelo menos meia hora com economistas e técnicos amazonenses da área”. Após essa conversa que antecedeu a palestra, nossos técnicos – a maioria professores da Ufam – ficaram boquiabertos com a desenvoltura, preparo, didática e domínio do assunto com que Lula abordou a economia nacional e local, apesar de tê-los ouvido tão pouco tempo.
Para este articulista isto não causou surpresa alguma, pois, já tinha conhecimento dessa extrema facilidade que tinha e tem o ex Presidente de assimilar os mais diversos assuntos. Ademais, apesar de sempre brincar ou ironizar que tem preguiça de ler, Lula é um devorador de livros, além de ser uma pessoa extremamente inteligente, como demonstrou aos citados empresários, aos professores da Ufam e, posteriormente, ao mundo, nos seus oito anos de mandato. Diferentemente daqueles que o aprisionaram sem provas, portanto, injustamente e estão la fora fazendo vergonha ao povo brasileiro!.
(*) Alôncio de Oliveira é advogado, filósofo, Pós -graduado em Direito e Administração e Mestre em Educação