O Brasil está na China e Lula foi recebido como popstar

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Por Roberto Kuppê (*)

Enquanto a oposição (uns gatos pingados) rasga a calcinha no Congresso Nacional, o presidente Lula está na China com uma comitiva maiúscula, formada por parlamentares, ministros e empresários. Lula foi recepcionado no hall do hotel por uma banda de jazz que tocava músicas brasileiras — no exato momento da chegada, a banda tocava a melodia de “Se essa rua fosse minha”, uma das canções populares mais conhecidas do país.

No mesmo momento, no Brasil, o ministro Flávio Dino (Justiça) seria ouvido pela Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados. Seria, porque uma horda de parlamentares que ainda estão ressentidos pela derrota de 2022 nas urnas, tentou tumultuar a oitiva. O evento foi cancelado sem antes Flávio Dino dar um show de respostas aos desaforados deputados. Queriam lacrar, mas foram lacrados. Superar Flávio Dino na retórica não é para qualquer mortal.

www.brasil247.com - Lula e Dilma na posse do banco dos BRICSVoltando à China que neste momento é noite, uma das agendas de Lula foi a posse da presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, (NDB na sigla em inglês),  Dilma Rousseff, em Xangai. O NDB, também conhecido como Banco do Brics (bloco econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), não tem a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou instituições financeiras de países de fora do grupo. Fato destacado por Lula durante a posse.

“Pela primeira vez um banco de desenvolvimento de alcance global é estabelecido sem a participação de países desenvolvidos em sua fase inicial. Livre, portanto, das amarras e condicionalidades impostas pelas instituições tradicionais às economias emergentes. E mais, com a possibilidade de financiamento de projetos em moeda local”, disse Lula.

Em uma solenidade recheada de deputados e ministros brasileiros, integrantes da comitiva de Lula nesta viagem à China, o presidente brasileiro não poupou de críticas o FMI, a quem acusou de “asfixiar” a Argentina. Para ele, os bancos devem ter “paciência” e ter em mente a palavra tolerância ao renovar seus acordos de financiamento.

“Nenhum governante pode trabalhar com uma faca na garganta porque está devendo”, disse. “Não cabe a um banco ficar asfixiando as economias dos países como está fazendo com a Argentina o Fundo Monetário Internacional”, completou.

Por fim, Lula fez um aceno à comunidade internacional. Em um tom mais abrangente, pediu mais generosidade para as pessoas. “Não podemos ter uma sociedade sem solidariedade, sem sentimento. Temos que voltar a ser generosos. Vamos ter que aprender a estender a mão outra vez. Nós precisamos derrotar o individualismo que está tomando conta da humanidade”.

“A União de países emergentes é capaz de gerar mudanças econômicas e sociais relevantes para o mundo”. A frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu o tom da expectativa da comitiva brasileira no primeiro compromisso oficial na viagem à China.

Com esse discurso politicamente correto, Lula ganhou a plateia do Mundo que acompanha pari passu a visita à nação chinesa. Diferentemente da maioria dos presidentes mundiais, Lula tem um olhar para os mais necessitados, aos mais pobres. Lula também se compadece de nações como a Argentina que vive um péssimo momento econômico devido à crise mundial.

Amanhã o presidente Lula cumprirá a última e mais importante missão da agenda na China, o encontro com o presidente daquela super potência econômica e bélica, Xi Jinping.  Principal parceira comercial do Brasil, a China é destino de mais um quarto das exportações totais brasileiras, respondendo por mais de 90 bilhões de dólares em 2022, com commodities como soja, petróleo e minério de ferro dominando as vendas externas ao país asiático.

Essa viagem de Lula à China será o divisor de águas e a cereja do bolo dos 100 primeiros dias de governo. Se ele conseguir, junto com Xi Jinping, acabar com a insana guerra da Rússia contra a Ucrânia, um abraço pro gaiteiro. Será o próximo Prêmio Nobel da Paz. Ufanismo à parte, não está longe disso. O mundo enche os olhos de lágrimas com as falas humanitárias de Lula.

Voltando ao Brasil, aos inconformados com o sucesso mundial de Lula, resta morder a fronha numa noite de sexo animal com o seu parceiro (risos). Não há, no momento, nada que desabone a conduta de Lula nesse terceiro mandato. Muito pelo contrário. Tanto que ferrenhos opositores como a Janaína Paschoal, reconheceu que ninguém tira a reeleição (2026) de Lula.

O próprio intragável deputado federal Marcos Feliciano (PL-SP), também reconheceu que os colegas parlamentares dele são despreparados para enfrentar a equipe ministerial de Lula, principalmente à Flávio Dino, que já surge como nome para substituir Lula em 2026 ou 2030.

Lula é um político diferenciado. Não existe outro igual no Brasil ou no mundo. Nada justifica os ataques que recebe no Brasil de uns opositores sem a menor bagagem que Lula adquiriu nos seus mais de 50 anos de atividades políticas partidárias e sindical. Lula é uma figura política que deveria ser colocada num pedestal agora, já. É um herói vivo e atuante.

Com informações de Brasil 247

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