Poucas horas após a operação da Polícia Militar em comunidades de Santa Teresa e Catumbi, na Região Central da cidade, que deixou 13 mortos no Fallet, na última sexta-feira, a Anistia Internacional divulgou em sua página oficial numa rede social uma nota pedindo que a ação dos policiais seja prontamente investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ). Desde 2007 uma operação policial não acumulava tantas vítimas fatais.
A organização pede uma “investigação imediata, detalhada, imparcial e independente” dos dois órgãos para determinar a “circunstância exata de cada uma dessas mortes”. A nota afirma, também, que em 2018 houve um crescimento no número de casos registrados de pessoas mortas pela polícia. Confira na íntegra:
“Mortes em operação policial no Fallet-Fogueteiro devem ser imediatamente investigadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público
Uma operação da Polícia Militar nas comunidades do Fallet-Fogueteiro (Rio de Janeiro) hoje, 8 de fevereiro de 2019, resultou na morte de 13 pessoas. A Polícia Militar alega que foi recebida a tiros ao entrar na região e que as mortes foram resultados de confronto. Entretanto, é apenas através de uma investigação imediata detalhada, imparcial e independente, que é possível determinar a circunstância exata de cada uma dessas mortes. Assim, tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público, que tem a missão constitucional de exercer o controle externo da atividade policial, devem iniciar imediatamente uma investigação sobre as mortes decorrentes de intervenção policial“.
A Delegacia de Homicídios (DH/Capital) já fez perícia na casa onde as mortes teriam acontecido e investiga o caso.
Fonte: Extra Globo