Nota de falecimento

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Chiquinho com o neto

A família de Francisco da Silva Moraes, o Chiquinho, comunica o seu falecimento, ocorrido hoje, na cidade de Jacarezinho (PR), vítima de complicações da Covid-19. Ele estava internado há 15 dias. A esposa dele e sogra, também faleceram, no mês passado. Devido à pandemia, o enterro será em Jacarezinho.

Caroline Orlandini Moraes, filha

Ettore Orlandini Moraes, filho

Patrícia Gueri, filha

Jose Moraes, Roberto Kuppê, Armando, Afonso, Marli, Luzia, Francisco, Lucinha, irmãos

Petronila Paiva, mãe

 

Se eu soubesse compor, faria uma música. Ou uma poesia. Mas, só sei escrever. Amanhã estava programada uma video chamada com meu irmão Chiquinho, na Santa Casa de Jacarezinho (PR), onde ele estava internado. Queria falar com ele e tinha certeza de que ele queria falar comigo antes de partir. Em vida ele me ligava quase todos os dias de Porto Velho. Conversávamos por hora. Hora mesmo. Ele tinha muito assunto. E eu sempre o ouvia atentamente. Nos últimos dias era sobre a pandemia, claro. Falávamos sobre os amigos que estavam internados e sobre os que foram. Certo dia falamos sobre o Anísio Gorayeb, amigo comum que se foi mês passado. Eu falei pra ele que quando uma pessoa ia para a intubação, dificilmente voltava. Era o último recurso. Com certeza ele pensava muito nessa conversa que tivemos, quando médico disse que ele precisaria ser intubado. Ele não queria de jeito nenhum. O médico consultou a filha, Caroline. Ela disse que tinha que fazer o que tinha que ser feito. O quadro se agravou de ontem para hoje. Pela manhã conversei com minha sobrinha sobre que ele deveria ser intubado sim. Amanhã, quarta, ela tentaria fazer uma chamada de vídeo para eu falar com ele. Mas, pensei comigo. “E se não der tempo?”. Consultei algumas agências de viagens. Ia viajar pra lá na quinta-feira. Infelizmente, não vou mais. Morreu hoje. Chiquinho, 67, um dos mais velhos. O que nos tirou de Guajará-Mirim para Porto Velho. Lembro que ia tomar sorvete no então Porto Velho Hotel onde ele era garçom. Depois foi trabalhar com dona Joá e com a Dejoca. Em 1980 montou o Barrikas Restaurante nas Pedrinhas. O Lula foi lá. Chiquinho era do bem, sonhador como eu. Ajudava todo mundo também. Não dizia não para ninguém. Um dia escreverei mais sobre ele. Agora não dá mais….

RK….