A música emociona, une os povos e transcende fronteiras. Prova disso aconteceu durante o Femusc, maior festival-escola da América Latina, que movimenta o Norte Catarinense com a participação de instrumentistas de 20 países.
Na noite do último domingo, 29, data em que o acidente da Chapecoense completou dois meses, a delegação da Colômbia subiu ao palco e homenageou as vítimas da tragédia. Durante o Concerto das Nações, no qual os alunos apresentaram músicas populares de seus países, os colombianos fizeram questão de lembrar os afetados pela queda do avião.
A iniciativa partiu da aluna Geraldine Caratt Lópes, que sensibilizada mobilizou conterrâneos para, do palco do evento, mostrar solidariedade ao Estado e ao time. “Decidimos fazer essa homenagem porque, assim como eles, nós também somos jovens tentando alcançar nossos sonhos”, comentou. Ela ainda explicou que, quando os músicos souberam do acidente, foi como se tivesse acontecido com os próprios irmãos, primos, amigos e torcida. “Por meio da música que gostamos fizemos essa homenagem ao time e demostramos o quanto sentimos a sua perda”, complementou.
Os instrumentistas subiram ao palco vestindo a camisa da seleção colombiana, pediram um minuto de silêncio e, depois, ao som de ‘Mi buenaventura’, surpreenderam o público com bandeiras do Brasil e da Chapecoense. O concerto, que já é tradicional na programação do Femusc, também teve a participação de alunos da Holanda, Estados Unidos, Nicarágua, Equador, Honduras, México, Costa Rica, Chile, Paraguai, Argentina e Peru. Cada nação levou ao teatro suas tradições através de vestimentas, danças e ritmos típicos.
Neste ano, o festival conta com mais de 400 músicos e 200 concertos gratuitos, muitos deles transmitidos ao vivo pela internet para todo o mundo. O evento segue até 4 de fevereiro, em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina.