Mortalidade por Covid-19 está acima da média nacional em 11 estados e no DF

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HUGO BARRETO/METRÓPOLES

Quebrando recordes diários de mortes e de infecções a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, ainda está longe de ser controlada no país. No próximo mês, a pandemia completa um ano no país.

Levantamento do Metrópoles, com base em números da plataforma Coronavírus Brasil, alimentada Ministério da Saúde mostram que a taxa de mortalidade está acima da média nacional em 12 unidades da federação.

O Brasil está com índice de mortalidade por 100 mil habitantes de 96,6. Isso significa que a cada grupo de 100 mil pessoas, quase 97 morrem em decorrência do novo coronavírus.

Neste panorama, as regiões Sudeste, Norte e Nordeste apresentam dados preocupantes. O Rio de Janeiro, por exemplo, chega a registar 154,9 mortes por grupo de 100 mil pessoas. É a maior taxa do Sudeste.

Neste cenário, o DF aparece em segundo lugar no ranking com 144,5 morte por grupo. O Amazonas, Espírito Santo, Roraima e Mato Grosso completam a lista dos estados onde a média de mortes está acima da média nacional.

Para se ter dimensão dos impactos da doença, em Manaus serão usadas gavetas e câmaras frias para evitar valas coletivas. A média de mortes vem aumentando na capital do Amazonas, que registrou 130 enterros apenas no sábado (9/1)

Mortalidade em decorrência do coronavírus a cada 100 mil habitantes nos estados que superam a média nacional:

  • Rio de Janeiro – 154,9
  • Distrito Federal – 144,5
  • Amazonas – 137,6
  • Espírito Santo – 132,4
  • Mato Grosso – 131,9
  • Roraima – 130,9
  • Amapá – 114,6
  • Sergipe – 112
  • Ceará – 111,2
  • Roraima – 107,5
  • São Paulo – 105,3
  • Pernambuco – 103
  • Brasil – 96,6

No Sudeste, os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo também registram índices preocupantes. O segundo, por exemplo, voltou a registrar média móvel acima de 200 mortes por dia.

Norte e Nordeste em alerta
No Norte a mortalidade é de 101,9 para cada 100 mil, mostra os dados do Ministério da Saúde. Na região, o Amazonas ainda tem a maior taxa, de 137,6. Depois vem o Roraima com índice de 130,9 de mortalidade para cada 100 mil, seguido pelo Amapá, com 114,6 de mortalidade.

No Nordeste, a taxa está abaixo da média nacional: 85,7 a 24,9. Contudo, alguns estados estão com a situação delicada. Lá, Sergipe com 112 morte a cada 100 mil e o Ceará com índice de 111,2 lideram o ranking regional. Depois, Pernambuco registra a terceira maior na região, com 103, de acordo com o Ministério da Saúde.

Versão oficial
Segundo o Ministério da Saúde, o governo feral mantém esforço contínuo para garantir o atendimento em saúde à população, em parceria com estados e municípios, desde o início da pandemia. “O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas, além de promover e prevenir a saúde da população”, destaca.

A doença está presente em 100% dos municípios brasileiros. Contudo, mais da metade das cidades (3.569) possuem entre 2 e 100 casos. Em relação aos óbitos, 5.033 municípios tiveram registros (90,4%), sendo que 791 deles apresentaram apenas um óbito confirmado.

“Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras e fortalecido a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com envio de recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) para os profissionais de saúde”, frisa.

Fonte: Metrópoles