Os números positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de maio reforçam o otimismo em relação à recuperação da economia brasileira. A avaliação é do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que apresentou os dados nesta terça-feira (20) à tarde, na sede do Ministério do Trabalho, em Brasília. Ele destacou que, pelo segundo mês consecutivo e pela terceira vez este ano, o país tem números positivos na abertura de vagas. “Depois de dois anos consecutivos de números negativos, agora podemos constatar que a economia volta a dar sinais de recuperação, e um dos indicadores fundamentais que comprovam a recuperação econômica é a geração de empregos”, afirmou.
O Caged mostra que 34.253 novos postos de trabalho formal foram abertos em maio, o que representa aumento de 0,09% em relação a abril. No acumulado do ano, o crescimento foi de 48.543 postos de trabalho – uma diferença significativa em relação ao mesmo período dos dois anos anteriores. O ministro lembrou que os números foram negativos nos acumulados de janeiro a maio de 2016 (-448.011 empregos) e de 2015 (-243.948 postos de trabalho).
Setores – Outro sinal de recuperação apontado por Ronaldo Nogueira é que, dos oitos principais setores da economia, quatro tiveram resultados positivos em maio – Serviços, Indústria da Transformação, Administração Pública e Agropecuária. “Acreditamos que a economia se consolida mês a mês e os setores vêm apresentando sinais de recuperação”, disse.
De acordo com o ministro, mesmo nos setores em que houve queda, como comércio e algumas áreas industriais, a redução foi menor, quando comparada com os meses de maio de 2016 e 2015. Além disso, essas são áreas em que, normalmente, a geração de vagas é menor, nessa época do ano.
Tendência positiva – Ronaldo Nogueira salientou que a redução do desemprego no primeiro semestre é vista “com bons olhos” pelo governo. A tendência, segundo ele, é de continuidade na abertura de postos de trabalho nos próximos meses.
A expectativa é sustentada pelo histórico do mercado. O Caged de anos anteriores indica que os meses de maio a julho costumam ser de estabilidade, sem grandes saltos para cima ou para baixo. “O pico ocorre nos meses de agosto, setembro e outubro, quando temos uma maior geração de empregos. É uma tendência”, explicou o ministro. “Até porque o Brasil tem uma capacidade extraordinária de superar as dificuldades.”
Ministério do Trabalho