MINISTRO DA JUSTIÇA MINIMIZA REBELIÃO QUE DEIXOU OITO MORTOS CARBONIZADOS EM PORTO VELHO

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Ministro: normal
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O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, avaliou nesta segunda-feira (17), após reunião no Palácio do Planalto com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que as recentes rebeliões em presídios de Roraima e de Rondônia são uma “situação pontual”.

Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima, dez presos foram mortos e seis ficaram feridos após confrontos entre integrantes de facções criminosas na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, na noite deste domingo (16).

Já na Penitenciária Ênio dos Santos Pinheiro, em Porto Velho (RO), oito presos morreram e 22 ficaram feridos após conflitos nesta segunda.

“Obviamente que a situação é gravíssima, com mortes, mas vamos ver se persiste ou não e, a partir daí, tomar as medidas necessárias. Não foi pedido [o reforço da Força Nacional] porque foi uma situação pontual. Vamos verificar a questão penitenciária”, disse Alexandre Moraes.

De acordo como a assessoria do Ministério da Justiça, a pasta “está monitorando” essas rebeliões pelo país, assim como a desta segunda em um presídio de Franco da Rocha (SP), mas ainda não há medida a ser anunciada para contê-las.

Imigrantes venezuelanos
O governo federal vai mandar uma comissão para Boa Vista a fim de verificar o fluxo de imigrantes venezuelanos na região, anunciou também nesta segunda o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Desde 2015, imigrantes venezuelanos têm ido a Roraima em busca de melhores condições de vida. Alguns compram alimentos e retornam ao país, que faz fronteira com a cidade de Pacaraima, no norte do estado. Outros, no entanto, estão se mudando de vez para Roraima.

Segundo Padilha, a prefeita Teresa Surita afirmou que Boa Vista não está preparada para receber tantas pessoas, mesmo que para fazer compras de suprimentos essenciais por um ou dois dias.

“[Segundo relato de Jucá e Surita] o município por certo não tem condições de suportar essa demanda de serviços [como de saúde] na comunidade, que são absolutamente naturais, mas que não está preparado para tanto”, disse Padilha.

O grupo, comandado pelo Ministério da Justiça com apoio dos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, deve ficar na cidade entre os dias 24 e 26 deste mês e avaliará as condições migratórias e de saúde da população.

DO G1