Mídia está preocupada com sumiço da faixa presidencial; e o sumiço de Serra da mídia após delação dos R$ 23 milhões?

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serraaaaDias após assumir a presidência da República no lugar de Dilma Rousseff, Michel Temer solicitou à sua assessoria que o Tribunal de Contas da União fizesse um levantamento preciso das peças que compõem o patrimônio dos palácios Planalto e Alvorada. Os auditores do TCU se debruçaram sobre a tarefa e, na semana passada, constataram resultado bem desagradável: em torno de 450 itens pertencentes ao acervo oficial não estão presentes.É o caso, por exemplo, da faixa presidencial. Isso mesmo, a faixa presidencial está desaparecida. Para muitos é somente um adereço desnecessário para enfeitar o busto da personalidade que comanda o país. No caso do Brasil, essa velha senhora completa agora em 2016, cento e seis anos de existência. O certo é que o relatório do TCU a inclui entre os itens faltantes do acervo palaciano.

E o sumiço da mídia da delação de que Serra pegou R$ 23 milhões de propina da Odebrecht? Ninguém fala mais nada?
NO domingo passado vi a manchete “Serra recebeu R$23 milhões via caixa 2, diz Odebrecht” na capa da Folha, não acreditei. Li mais algumas vezes para me certificar. Denúncia contra o Serra na capa da Folha? Numa manchete com letras garrafais? Sim, não era uma miragem.

Passado o espanto, lembrei que notícias ruins sobre o Serra são como vídeos no Snapchat: duram 24 horas. Resolvi aguardar o desenrolar dos acontecimentos. Na segunda-feira, começo a desconfiar de que meu palpite estava correto: nada mais sobre Serra na Folha. Nenhum colunista indignado, nenhum aprofundamento sobre o assunto. Na terça, a mesma coisa. Na quarta, uma novidade: Elio Gaspari comenta o caso e a coluna ganha uma chamadinha de capa. Mas não se emocione. O nome de Serra, o principal personagem do texto, não aparece nela. O que vemos é apenas um genérico“PSDB paulista”. Detalhe: essa chamada está presente somente na edição nacional. Na edição para o estado de São Paulo, onde o PSDB reina há 22 anos, ela simplesmente não existiu. Talvez essa notícia não seja do interesse do povo bandeirante em ano de eleição.

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João Filho, do The Intercept