MEIO AMBIENTE – Sema identifica árvores do Parque natural de Porto Velho

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A Prefeitura de Porto Velho iniciou o trabalho de identificação das espécies de árvores localizadas nas principais trilhas do Parque Natural. O serviço é realizado pela Secretaria Municipal de Integração (Semi) e pela Subsecretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema).

O objetivo do trabalho é atualizar e ampliar os dados das espécies vegetais plantadas no parque, possibilitando à população conhecer os nomes científicos e usuais (vulgar) das árvores e sua possível utilização. O levantamento florestal coordenado pelo engenheiro florestal Raimundo Martins, sendo que a equipe atuou inicialmente em dois dias na floresta do Parque.

“Esse trabalho é de fundamental importância para o Parque Natural e também para nossa população” afirmou. No primeiro dia de pesquisa (11) foram identificadas 106 árvores e no dia segundo foram 130 árvores, em apenas duas trilhas. “Isso demonstra uma imensurável riqueza florestal dentro do parque”, explicou Martins.

A engenheira florestal Clarissa Barros informou que a metodologia utilizada foi a de identificação dendrológica. “Essa metodologia consiste em observações nas cascas, exsudações (destilação de líquido) e folhas, para denominação de nomes vulgares”, disse Clarissa. Já a bióloga Luana Bernardo explicou que foi necessário adotar a medição da circunferência e estimativa da altura total de cada planta.

A equipe de Identificação Florestal é formada pelos engenheiros florestais Raimundo Martins (coordenador) e Clarissa Barros, pela bióloga Luana Bernardo, pelo identificador Leovaldo Moreira e pelo escalador Moisés Vaz Moreira.

“Esse estudo realizado com o pessoal do quadro da Sema traz grande economia para os cofres públicos, pois optamos por utilizar a prata da casa em vez de contratar empresa para execução”, disse o subsecretário da Sema, Robson Damasceno. O identificador botânico Leovaldo Prestes Moreira explicou que de posse dessas informações, teremos a relação das espécies ocorridas no povoamento florestal e a importância de cada uma delas.

“A população ao visitar o parque poderá saber informações sobre cada tipo de árvore”, observou Moreira. Como exemplo, ele citou o breu, que tem sua resina utilizada na fabricação de incenso e perfumes; o cumaru, cujas sementes são fixadoras de perfumes; a casca do mulateiro, que serve para recuperar as células danificadas; a copaíba que tem uso medicinal, além de outras utilidades e alimentos da fauna silvestre.

Robson Damasceno afirmou que os estudos científicos e as pesquisas escolares nas trilhas do parque terão mais qualidade a partir de maio, quando o Parque Natural reabrir ao público com todas as suas atrações. “As novas placas serão instaladas com tecnologia QR Code. O aluno poderá, através de seu celular ou aparelho eletrônico – que possua instalado um APP para leitura (exemplo o leitor de códigos QR que é baixado gratuitamente) –, identificar e salvar todas as informações sobre a árvore pesquisada”, completou o secretário.

Texto Comdecom|Fotos Sema