Médicos da Rússia autorizam transferência de Alexei Navalny para tratamento na Alemanha

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Médicos da Rússia disseram nesta sexta-feira (21) que Alexei Navalny, crítico do Kremlin gravemente doente, pode ser levado para a Alemanha para receber atendimento médico depois que aliados do político acusaram as autoridades russas de tentarem impedir sua retirada deliberadamente.

Navalny, um oponente de longa data do presidente Vladimir Putin e de seus assessores e um ativista anticorrupção, desmaiou em um avião na quinta-feira depois de beber um chá que seus aliados acreditam ter sido envenenado.

Médicos alemães foram buscar Navalny, de 44 anos, de avião a pedido de sua esposa e de apoiadores, que disseram temer que as autoridades tentem encobrir pistas de como ele adoeceu e argumentando que o hospital que o trata está mal equipado.

Médicos especialistas de uma ambulância aérea que chegou da Alemanha para buscar o líder da oposição russa, Alexei Navalny, entraram em hospital em Omsk, na Rússia, nesta sexta-feira (21)   — Foto: Alexey Malgavko/ Reuters

Médicos russos do hospital de Omsk, na Sibéria, disseram inicialmente nesta sexta-feira que seu quadro melhorou um pouco de madrugada, mas que sua condição é instável demais para ele ser transportado em segurança para fora do país.

Mas no anoitecer local desta sexta-feira eles disseram que não se oporiam à sua remoção depois que os médicos alemães tiveram acesso a Navalny e disseram crer que ele está apto a viajar.

Um médico veterano do hospital, Anatoly Kalinichenko, disse que o hospital poderia ajudar a transportar Navalny ao aeroporto e que ele será retirado dentro de várias horas.

“Tomamos a decisão de que não objetamos a que ele seja transferido para um hospital diferente”, disse Kalinichenko.

Alexander Murakhovsky, o médico-chefe do hospital, disse que Navalny foi diagnosticado com uma doença metabólica que pode ter sido causada pela falta de açúcar no sangue.

Ele disse que vestígios de substâncias químicas industriais foram encontrados nas roupas e nos dedos de Navalny e que os médicos não acreditam em um envenenamento.

Fonte: G1

Testo: Reuters