Maternidade Mãe Esperança é referência em parto humanizado

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A Maternidade de Porto Velho, Mãe Esperança, realiza cerca de 400 partos por mês, sendo que destes 73% são normais e 27% são cesáreos. Só em 2015 foram 4.084, quase 3000 partos normais. É função da instituição oferecer um serviço de baixo e médio risco, atendendo mulheres destituídas de complicações na gravidez.

De acordo com a Doutora Cláudia Gaspar Rech, Diretora Geral da Maternidade, só no primeiro mês deste ano nasceram 319 bebês, destes apenas 75 foram de parto cesáreo. “Temos um serviço de referência de trabalho de parto humanizado. Em que a gestante é o alvo das atenções. Ela tem a possibilidade de ter um acompanhante da escolha dela que participa de todas as atividades até o momento em que vai para enfermaria. Temos uma equipe psicossocial, com psicólogo, assistente social e um fonoaudiólogo dando apoio, otimizando a amamentação e auxiliando na dificuldade que a mãe possa encontrar.  Há um plantão de três obstetras dia e noite”, explica.

A maternidade tem os todos os testes de triagem neonatal, o do coraçãozinho, orelhinha, olhinho e as vacinas. “Seguindo as normas do Ministério da Saúde, a criança já sai da Maternidade com o retorno ao pediatra agendando para cinco dias após a alta. É importante ressaltar que não realizamos o pré-natal. Só atendemos as intercorrências da gravidez como mal-estar, perda de líquido, contrações. E casos de febre e outros sinais que nãos sejam da gestação a mãe deve procurar o Posto de Saúde ou uma Unidade de Pronto Atendimento. Se o parto for prematuro damos os primeiros socorros e encaminhamos para o Hospital de Base”, afirma a Doutora Claudia.

Antônia Priscila Araújo da Silva, mãe do Paulo Vítor, disse que não teve dificuldades no nascimento do seu bebe. “Não tenho o que reclamar meu parto não demorou. Fui bem atendida. E eu já estou liberada, mas ele precisa ficar até quarenta e oito horas em observação. É o meu segundo filho”, sorriu.

Élida Maria teve o primeiro filho Élissson Ricardo na terça-feira e ele agora realiza o exame do coração.  A emoção é grande de ouvir o coração do meu filho e saber que está tudo bem. Disseram o que nível de oxigênio no sangue está normal”, relatou.

Jéssica de Souza Venâncio, 22, amamenta a pequena Sofia que nasceu com 3,665 quilos. “Meu parto foi rápido. A Sofia nasceu saudável e gosta muito de mamar”, comenta.

Fonoaudiólogo

A fonoaudióloga Jociandra Souza do Nascimento explica que o papel do profissional na Maternidade é ensinar a postura de amamentação para as mães e como o recém-nascido tem que sugar. Além disso, realizar uma avaliação da boca e língua, verificando se há algo que dificulte a amamentação. “Para um bebê se alimentar, inicialmente, não é fácil. Ele tem que coordenar a respiração, sucção e deglutição. E a fonoaudiologia trabalha estes aspectos e musculaturas para que ele seja estimulado a sugar. A mãe sai da sala de parto orientada quanto à postura e qual a posição para o filho mamar. Passo com todas as mães diariamente reforçando e vendo se estão com dificuldades, se a criança está pegando o seio materno e tentando incutir na cabeça dela que o seu leite é o melhor para a criança. Pois, o leite tem tudo o que o bebê precisa ”, afirma a profissional.

Serviços

O Cartório atende a 100% dos pais das crianças que saem da Maternidade Municipal já com o registro de nascimento. “Temos o título de Hospital Amigo da Criança e ter um cartório é um dos requisitos. Além disso, a Maternidade é referência para atendimento de vítimas de violência sexual e do parto Humanizado. Trabalha com a parte de planejamento familiar em parceria com o Centro de Referência Saúde da Mulher. E realizamos laqueadura e vasectomia. Temos uma ambulância para realizar as transferências para o Hospital de Base em casos graves e para a realização de exames”, disse Maria Alzenir de Souza da Silva, Diretora Administrativa e Financeira.

A Maternidade Municipal atende as residências de obstetrícia e ginecologia e realiza, em atendimento a uma norma do no Ministério da Saúde, cirurgias ginecológicas como histerectomias (retirada do útero). E por ser uma maternidade de baixo risco os partos podem ser feitos por enfermeiras obstetras. A Maternidade Mãe Esperança possui 50 enfermeiros especialistas que trabalham em escala de plantão oferecendo o serviço a população por 24 horas.  “Estes profissionais são autorizados pelo Conselho Federal de Enfermagem, a realizar o parto desde que não tenha distorce – complicações, ou saída do bebê que tenha alguma dificuldade. Quando chega uma mãe que está em uma gravidez de alto risco como eclampse, trabalho de parto prematuro, é encaminhado para o Hospital de Base. Se a mãe chega a período expulsivo, criança nascendo – não temos tempo de encaminhar então é feito o atendimento aqui. Mesmo que ela tem alguma patologia e depois que nasce encaminhamos”, finaliza Maria Alzenir.

Por Rebeca Barca | Fotos Medeiros