Mão de obra apenada é utilizada para produção de máscaras e outros equipamentos de proteção contra o coronavírus

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Apenadas de cinco presídios de Rondônia produzem máscaras e aventais para suprir a necessidade dos equipamentos de proteção dos próprios reeducandos, profissionais de saúde e servidores do sistema prisional, além de bombeiros, policiais civis, e servidores das unidades socioeducativas. O trabalho utilizando a mão de obra apenada é uma prática de reinserção social através da aprendizagem.

A iniciativa partiu do gerente da Regional III, com sede em Rolim de Moura, Leandro Delgado, e a produção começou na última sexta-feira (27). As unidades onde o projeto está sendo realizado são o Centro de Ressocialização Suely Maria Mendonça, em Porto Velho (Regional I), Casa de Detenção de Jaru, Presídio Feminino de Jaru, e Penitenciária Regional Agenor Martins de Carvalho, em Ji- Paraná (Regional II), e Colônia Penal de Vilhena (Regional III).

Ao todo, 19 reeducandas participam do projeto, com a fabricação dos produtos. Em Porto Velho, o trabalho começou no último final de semana e, com quatro pessoas na linha de produção, já foram feitas 200 máscaras, mas segundo o gerente de Reinserção da Regional I, Túlio Rogério, a intenção é chegar a 300 por dia.

“Estamos atrás de matéria prima para produzirmos também o álcool em gel, em parceria com a Unir e o Ifro, e também estamos nos preparando para produzir avental. Temos que agradecer o deputado estadual Jair Montes que nos ajudou com R$ 500 para a compra de TNT”, disse o servidor.

Em Jaru e Ji-Paraná, são 11 apenadas envolvidas no projeto, e já alcançaram 350 máscaras produzidas nas unidades de Jaru e 800 em Ji-Paraná “Temos mais 800 em produção. Também estamos fazendo aventais e toucas. Temos a parceria do Conselho da Comunidade, do Poder Judiciário, Ministério Público, e do deputado estadual Jhony Paixão”, enfatizou Fred Barbosa, gerente da Regional II.

Ele acrescenta ainda que a produção está sendo executada nas oficinas de costura (ateliês) das respectivas unidades e a iniciativa partiu dos diretores e gerentes, que com a ajuda dos parceiros estão conseguindo chegar ao objetivo de suprir a falta dos materiais nas unidades, já que os produtos estão escassos no mercado.

 Segundo Leandro Delgado, mentor da ideia e gerente da Regional III, na Colônia Penal de Vilhena são quatro reeducandas envolvidas na confecção das máscaras, com o objetivo de chegar a mil unidades produzidas. O Projeto tem a orientação e supervisão da Casa do Egresso de Vilhena em parceria com a Colônia Penal, Poder Judiciário e Conselho da Comunidade.

Fonte: Secom